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Na época de chuva eles aparecem. Moradores e motoristas reclamam que os buracos invadiram as pistas em toda a cidade
Com as chuvas da estação, motoristas e pedestres da Ceilândia devem ter atenção redobrada, principalmente por causa dos buracos nas calçadas e vias da cidade. Na quadra QNM 8/6 o problema se agrava. Em todas as ruas da região os buracos aparecem e são motivo para reclamações de moradores e motoristas. “Eu não consigo entrar mais na minha casa de carro por causa do cratera em frente à garagem”, afirma Marlene Farias, 31 anos, que reclama do buraco de mais de um metro de comprimento na rua onde mora.

Na avenida paralela a estação do Metrô Ceilândia, os buracos fazem vítimas todos os dias. Arlindo Evandro Silva Moreira, 30 anos, conta que teve que jogar uma mistura de pedras, cimento e cascalho para amenizar o problema. “Os motoristas passavam muito rápido nas vias e nem percebem o perigo. Muitas vezes eu tive que ajudar alguém porque o carro ficou atolado ou a roda ficou empenada. O que eu fiz com alguns buracos aqui é pouco e logo vai sair com as chuvas, mas acho que a administração fará alguma coisa”, acredita.
Para a administração da Ceilândia, o problema pode ser totalmente revertido, mas as chuvas atrapalham o desempenho das obras. “Começamos com a operação tapa-buracos nas ruas principais da cidade, mas por enquanto os moradores precisam aguardar porque as chuvas estão atrapalhando e atrasando o mutirão que passará por todas as ruas da Ceilândia. Mas é confirmado que logo concluiremos tudo, desde as ruas principais até as ruas adjacentes”, afirma.
O profissional de obras Brandino Pursino Pereira, 67 anos, explica que a tentativa da administração de tampar os buracos é inútil poque nesta época o solo não favorece a reforma do asfalto. “Quando você quer recapear e até tapar os buracos existem as máquinas que retiram a água do buraco e depois colocam o material inicial como cascalho moído e o piche. Contudo, quando a lama residual seca ela provoca uma pressão no asfalto e com o peso do carros logo o solo racha e volta a criar buracos até maiores do que os anteriores. Se tem buraco, não adianta fazer agora um multirão para recapear. Mas pelo menos o ato ainda é válido porque se não o problema permanece, mas seria muito bom que ano que vem, logo no início da época da seca, a administração fizesse obras para concertar o asfalto”, conclui.