quinta-feira, 10 de julho de 2008

Irã faz novo teste com mísseis de médio e longo alcance

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Agência Estado

O Irã voltou a realizar nesta quinta-feira (10) testes com mísseis no Golfo Pérsico informou a televisão estatal da república islâmica. Na quarta (9), a Guarda Revolucionária iraniana testou nove mísseis de longo alcance perto do Estreito de Ormuz, uma pequena faixa de água por onde passa 40% do suprimento mundial de petróleo. Os testes de hoje incluem os foguetes Fateh (conquistador) e Zelzal (terremoto), de médio alcance, assim como o Shihab-3, de longo alcance.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse antes dos novos testes que os "Estados Unidos defendem a segurança da população no Golfo Pérsico" e farão "o possível para que o Irã não tenha a chance de ameaçar seus aliados".

Depois de se reunir com o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, Rice assinalou em entrevista coletiva em Tbilisi que os Estados Unidos empreendem medidas para que o "Irã leve em conta a opinião da comunidade internacional". "O Irã deveria voltar às negociações no formato vigente, já que as ameaças aos Estados Unidos e a outros países não fornecem nada de bom a ninguém", declarou a chanceler americana.

Os mísseis testados ontem têm alcance de até 2 mil quilômetros - suficiente para atacar Israel e bases dos Estados Unidos no Oriente Médio.
O ministro da Defesa iraniano, Mostafa Najjar, afirmou que os mísseis testados ontem têm um objetivo "puramente defensivo". "Nossos mísseis não serão utilizados para ameaçar nenhum país e seu único objetivo é repelir aqueles que tentem atacar o Irã. São para defender a paz no Irã e no Golfo Pérsico", indicou.

O general Hossein Salami, comandante da força aérea da Guarda Revolucionária, afirmou ontem que os testes tiveram como objetivo "mostrar nossa determinação e poder contra os inimigos, que nas últimas semanas ameaçaram o Irã com uma linguagem dura".

Os novos mísseis testados têm capacidade de alcançar o território de Israel, a Turquia, a Península Arábica, o Afeganistão e o Paquistão. "Teremos sempre o dedo no gatilho e nossos mísseis estão prontos para ser lançados", disse Salami à agência oficial Irna.

Senado aprova nova lei contra crimes na Internet

O projeto de lei que tipifica os crimes cometidos pela Internet foi aprovado, na noite de ontem, pelo Senado. O objetivo da proposta, vinda da Câmara dos Deputados, é criar base jurídica para processos contra ciberpiratas, disseminadores de vírus, pedófilos e outros praticantes de crimes no ambiente virtual.


Enviado por: Benildes

Para a aprovação, o Plenário do Senado propôs emenda para o PLC 89/2003. O novo texto considera crime o acesso a equipamentos ou redes com a violação da segurança de ambientes que tenham "proteção expressa". Da mesma maneira, será considerada criminosa a transferência, sem autorização, de dados e informações de unidades ou sistemas cujo acesso for restrito.

Também é considerado crime falsificar dados eletrônicos ou documentos públicos e particulares; criar, divulgar ou manter arquivos com material pornográfico contendo imagens e outras informações envolvendo crianças e adolescentes; praticar o estelionato; capturar senhas de usuários do comércio eletrônico; e divulgar imagens de caráter privativo.

Para o autor da nova redação, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), relator na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), "os brasileiros poderão ter com a futura lei um ambiente seguro em que desenvolver suas atividades no campo da informática.

"A matéria volta para a Câmara dos Deputados para que as mudanças sejam aprovadas.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Educação

Lula lança programa para vender notebook a professores por R$ 1 mil

Governo estima que mais de três milhões de educadores serão beneficiados.Compras podem ser feitas nos Correios e em bancos credenciados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (4) um decreto que cria o projeto Computador Portátil para Professores. A medida permite que professores das escolas públicas e privadas comprem nas agências dos Correios e nos bancos credenciados um notebook por até R$ 1.000,00 à vista. Os educadores também podem financiar o valor em até dois anos.

O governo acredita que aproximadamente 3,4 milhões de educadores possam se beneficiar do programa, que conta com apoio de empresas de tecnologia. O projeto não atenderá professores fora da educação continuada, como cursos pré-vestibulares, escolas de música e de idiomas e academias de ginástica.

As agências dos Correios serão a responsáveis pela captação dos pedidos e entrega dos computadores no endereço indicado pelo professor. Cada professor pode comprar apenas um computador e o controle pelo CPF será feito pelos Correios também. Para efetuar a compra, o professor deverá ir a uma agência dos Correios ou aos bancos credenciados com documentos pessoais e os que provam sua condição profissional.

Quando a compra for realizada à vista, o equipamento será vendido exclusivamente nas agências dos Correios e entregue em um prazo de até 20 dias, dependendo da localidade de entrega. Para fazer o empréstimo, o professor deverá entregar os documentos exigidos nas agências dos Correios ou diretamente ao banco de sua preferência, desde que a instituição tenha aderido ao projeto. Após aprovação do banco, o pedido será remetido aos Correios, que encaminhará para a indústria e irá monitorar sua produção, passando a contar o prazo de 20 dias para entrega do equipamento ao comprador.

O início das vendas dos computadores ocorrerá a partir de setembro, começando pelas capitais. O intervalo entre a assinatura do decreto e o início das vendas será necessário para que a indústria, os bancos e os Correios se estruturem para atender com eficiência a demanda a ser gerada.

O computador deve ter no mínimo 512MB de memória, um disco rígido de 40Gb, tela plana de LCD, acesso à redes sem fio de Internet e software livre com mais de 27 aplicativos, além de programas específicos para a área educacional, entre outras características técnicas.

Economia

Inflação pelo IPC-S sobe em 4 de 7 capitais, aponta FGV
Preços na capital paulista sobem 0,91% na primeira prévia do mês, ante alta de 0,86% na leitura anterior
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ALESSANDRA SARAIVA - Agencia Estado

RIO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) apresentou elevação mais intensa de preços em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para cálculo do índice, na passagem do IPC-S de até 30 de junho para o índice de até 7 de julho. Isso ocorre após três semanas consecutivas de recuo da inflação nas principais capitais usadas para o cálculo do índice.

Na cidade de São Paulo, a inflação acelerou, no âmbito do IPC-S. Os preços na capital paulista subiram 0,91% na primeira prévia do mês do indicador, ante alta de 0,86% apurada na leitura anterior. Além de São Paulo, a aceleração dos preços também foi verificada em Belo Horizonte (de 0,36% para 0,50%); Brasília (de 0,85% para 0,92%) e de Porto Alegre (de 0,64% para 0,81%).

As outras capitais apresentaram desaceleração de preços. É o caso de Rio de Janeiro (de 0,65% para 0,61%); de Recife (de 0,90% para 0,65%) e de Salvador (de 1,08% para 1,04%).

Embora todas as cidades contribuam para cálculo do IPC-S, a capital paulista é a de maior peso na formação do resultado do índice. Na última terça-feira, a FGV informou que a primeira prévia de julho do IPC-S ficou em 0,79%, ante 0,77% na leitura anterior.
Veja também:

Brasil pode virar superpotência

Brasil está "em vias de virar superpotência", diz jornal
da BBC Brasil

08/07/2008 - 07h24

O Brasil está a um passo de entrar no grupo das chamadas superpotências, diz um artigo do principal jornal de economia e finanças da Europa, o "Financial Times" ("FT"), em sua edição desta terça-feira.

"Não é exagero dizer que o Brasil está em vias de adquirir o status de superpotência", diz artigo do "FT", que traz um caderno especial de seis páginas sobre o país.

O artigo, intitulado "Surfando em uma grande onda de confiança", enumera pontos positivos sobre o país, onde "as perspectivas, aparentemente, nunca foram melhores".

"Em uma época de crescente demanda global por alimentos e energia, o Brasil está em uma posição única", diz o jornal. "Já o maior produtor mundial de quase qualquer produto agrícola (...) inclusive álcool feito da cana-de-açúcar, o Brasil é o quarto maior fabricante de veículos e logo se tornará um importante exportador de petróleo."

O país é descrito ainda como "um grande ímã para investimento estrangeiro direto", e a sociedade brasileira está se transformando à medida que "a renda aumenta e as iniqüidades diminuem". A Bolsa Família e o impacto de ações para combater a sonegação fiscal são citados como elementos positivos.

Os autores do artigo, os jornalistas Jonathan Wheatley e Richard Lapper, afirmam que este quadro se tornou possível "por reformas realizadas nos últimos 15 anos e que frutificaram durante os últimos anos".

"Sem garantia"

O status de superpotência parece alcançável, mas o país deve ter em mente "que ainda não chegou lá" e que essa posição ainda "não está garantida", alerta o jornal.
"A infra-estrutura do país é uma bagunça", afirmam, destacando a "inadequação" dos sistemas públicos de saúde e educação, a burocracia enfrentada por empresas entre outros problemas.
O jornal elogia a estabilidade alcançada pela economia brasileira. "As bases da nova prosperidade do Brasil forma lançadas na administração de [Fernando Henrique] Cardoso e criticadas ruidosamente pelo PT, então oposição. Mas no governo, [Luiz Inácio] Lula da Silva e seus assessores viram o valor, especialmente para os pobres, da inflação baixa e de uma economia estável."

O artigo diz que algumas das prioridades previstas no governo de Fernando Henrique Cardoso, "especialmente a reforma dos sistemas de aposentadoria, impostos e de trabalho ainda devem ser feitas" e estariam aí alguns dos "grandes desafios" a serem enfrentados pelo país.
"O modelo do caro setor estatal do Brasil ainda é um obstáculo para o desenvolvimento', diz o "FT".

O suplemento do "Financial Times" traz ainda artigos sobre o impacto da estabilidade econômica duradoura sobre muitos brasileiros e a exploração de petróleo.

Violência urbana

Em artigo intitulado "Esforço para reparar uma reputação violenta", o jornal diz que 'entre 1993 e 2003, a média de pessoas mortas a cada ano por ferimento a bala foi 32.555, de acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)".
"Isso supera o número anual de mortes em conflitos na Tchetchênia, Nicarágua, El Salvador, Guatemala, Argélia e até a primeira guerra do Golfo", diz o texto, que ressalta, contudo, que "inesperadamente a incidência de homicídios está caindo".

"As razões para a tendência de baixa são variadas", diz o artigo, que cita análise de Julio Jacobo Waiselfisz, autor de Mapa da Violência, um estudo financiado pelo governo sobre os homicídios.
A expansão da economia, aumento de salários, baixo índice de desemprego, programas mais amplos de assistência aos mais pobres e maiores restrições para a venda de armas introduzidas em 2003 também são apontados como fatores por Waisenlfisz, de acordo com o "Financial Times".

Um texto sobre a Amazônia diz que "há uma vontade maior de endurecer com exploradores ilegais de madeira e em combater a corrupção".

O tema de sucessão presidencial também é abordado. São apresentados os perfis de quatro dos supostos candidatos mais destacados: José Serra, Aécio Neves, Dilma Roussef e Ciro Gomes.