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Na semana passada foi divulgada a posição do governo federal sobre o tema da 1ª Conferência Nacional de comunicação. Mas prossegue a expectativa quanto à convocação oficial e deflagração de tal processo. Sindicatos dos Jornalistas protestaram contra manifestação da Sociedade Interamericana de Imprensa contrária à realização da conferência.
O tema central da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, a realizar-se de 1º a 3 de dezembro, possivelmente em Brasília, será "Comunicação: Direito e Cidadania na Era Digital". Especula-se que tal definição do governo foi articulada com movimentos sociais defensores da democratização da comunicação. Justifica-se tal definição pela possibilidade de construção de uma pauta de debates mais abrangente envolvendo telecomunicações, radiodifusão, mídia impressa, eletrônica e tecnologia digital.
Segundo informações divulgadas pelo FNDC, as discussões deverão se concentrar na formulação de políticas públicas para o setor de comunicação, evitando o debate de conteúdos mais ligados à área cultural, que deverão ser abordados na Conferência Nacional de Cultura, que também ocorrerá em 2009. A concretização do processo da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, no entanto, continua indefinida. Por isso organizações da sociedade e movimentos sociais prosseguem buscando intensificar o diálogo com o governo para que o decreto presidencial convocando-a, bem como a edição de portaria constituindo um Grupo de Trabalho para sua organização realmente ocorra até o final do ano, conforme acenaram setores do governo.
Entidade empresarial na contramão
Na semana passada os Sindicatos dos Jornalistas do Distrito Federal e do Município do Rio de Janeiro lançaram documento repudiando o posicionamento da Sociedade Interamericana de Imprensa contrário à realização da conferência sob o argumento de preocupação com a condução dos debates por ONGs e movimentos sociais “que pretendem interferir no funcionamento da imprensa”.
“O que pretendem os grandes empresários da comunicação? Pressionar o governo para retirar o apoio à Conferência, facilitando assim a manutenção intacta dos oligopólios que dominam, e que manipulam a informação, em detrimento do interesse público”, diz o documento.
Fonte: www.fenaj.org.br
Enviado por: Benildes
