terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ele está de volta?

Era o que faltava
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O Ex-Governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PMDB) já está decidido que voltará à política. Está disposto a se candidatar no ano que vem a mais um mandato de governador. Se tudo der certo - que Deus nos livre - este será o quinto mandato no Distrito Federal.

Mas será que os a população de Brasília e Entorno já se esqueceram dos problemas que este homem criou na Capital? Deu no O Globo, sobre o grampo que indicava uma transação ilegal de mais de R$ 50 milhões do BRB (Banco de Brasília) onde Roriz estava participando. Na conversa, o ex-presidente do BRB e Roriz, senador na época, combinam uma partilha de dinheiro num escritório em Brasília pertencente ao empresário Nenê Constantino, então presidente do Conselho de Administração da companhia aérea Gol, dono da maior frota de ônibus do Brasil e de uma empresa que presta serviços para o governo do Distrito Federal.

Mas este homem é muito inteligente, conseguiu escapar de uma cassação certeira, fugiu para o rancho e agora, planeja se "enlaçar" com personagens "Pops" do Partido dos Trabalhadores. O Velho, como é chamado por seus aliados, tenta derrotar (ano que vem) Agnelo Queiroz, um político jovem e moderno. Roriz não será eleito, se for, é porque Brasília o ama. Na verdade, o ex-governador constituiu um feudo eleitoral, com recursos públicos (vide Coronelismo Brasileiro). Mas o fato novo é que, mesmo controlando currais eleitorais, não conseguiu lançar um sucessor com possibilidade de ser eleito governador - sua candidata ao governo, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), não emplacou – e agora assiste silenciosamente a ascensão da fênix Arruda.

Se ele emplacar novamente na capital do Brasil, é porque ainda estamos vivenciando um tumor em nossa história, onde o clientelismo, a manipulação e a barganha são mais valorizadas do que o bom-senso, a verdade e a capacidade de governar.