quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tem buracos na pista

Fotos: Vinícius Thompson
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Na época de chuva eles aparecem. Moradores e motoristas reclamam que os buracos invadiram as pistas em toda a cidade

Com as chuvas da estação, motoristas e pedestres da Ceilândia devem ter atenção redobrada, principalmente por causa dos buracos nas calçadas e vias da cidade. Na quadra QNM 8/6 o problema se agrava. Em todas as ruas da região os buracos aparecem e são motivo para reclamações de moradores e motoristas. “Eu não consigo entrar mais na minha casa de carro por causa do cratera em frente à garagem”, afirma Marlene Farias, 31 anos, que reclama do buraco de mais de um metro de comprimento na rua onde mora.

Nas quadras da QNM 4, 6 e 8, os moradores reclamam que não houve nenhuma reforma de asfalto em quase um ano. “Teve um carro que quase arrancou meu retrovisor para desviar de um buraco. Faz tempo que não vejo o governo tapar os buracos na pista e este ano não teve nenhum recapeamento ou reforma. Somente as vias principais estão com asfalto bom, mas mesmo assim, algumas já mostram ceder às chuvas”, conta Francisco Sousa Medeiros, 65 anos.

Na avenida paralela a estação do Metrô Ceilândia, os buracos fazem vítimas todos os dias. Arlindo Evandro Silva Moreira, 30 anos, conta que teve que jogar uma mistura de pedras, cimento e cascalho para amenizar o problema. “Os motoristas passavam muito rápido nas vias e nem percebem o perigo. Muitas vezes eu tive que ajudar alguém porque o carro ficou atolado ou a roda ficou empenada. O que eu fiz com alguns buracos aqui é pouco e logo vai sair com as chuvas, mas acho que a administração fará alguma coisa”, acredita.
Para a administração da Ceilândia, o problema pode ser totalmente revertido, mas as chuvas atrapalham o desempenho das obras. “Começamos com a operação tapa-buracos nas ruas principais da cidade, mas por enquanto os moradores precisam aguardar porque as chuvas estão atrapalhando e atrasando o mutirão que passará por todas as ruas da Ceilândia. Mas é confirmado que logo concluiremos tudo, desde as ruas principais até as ruas adjacentes”, afirma.

O profissional de obras Brandino Pursino Pereira, 67 anos, explica que a tentativa da administração de tampar os buracos é inútil poque nesta época o solo não favorece a reforma do asfalto. “Quando você quer recapear e até tapar os buracos existem as máquinas que retiram a água do buraco e depois colocam o material inicial como cascalho moído e o piche. Contudo, quando a lama residual seca ela provoca uma pressão no asfalto e com o peso do carros logo o solo racha e volta a criar buracos até maiores do que os anteriores. Se tem buraco, não adianta fazer agora um multirão para recapear. Mas pelo menos o ato ainda é válido porque se não o problema permanece, mas seria muito bom que ano que vem, logo no início da época da seca, a administração fizesse obras para concertar o asfalto”, conclui.

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