sábado, 29 de março de 2008

O factóide da Folha

Não adianta. Não existe responsabilidade institucional da mídia de opinião. Seja qual for o governo, é permanente a tendência de mostrar os músculos e fabricar crises, criar factóides e "esquentar" qualquer informação como se fosse o último papel de Watergate.

Tome-se a matéria de hoje na "Folha" sobre o tal dossiê com os gastos da família de FHC - divulgado na última edição da Veja (clique aqui).

Há um levantamento de dados sobre as despesas do Palácio no governo Fernando Henrique Cardoso. Não há compra de drogas, pagamento de prostitutas, desvio de recursos. Há uma ou outra conta mais elevada em restaurantes, aluguel de automóveis, como deve haver nas despesas pessoais da família Lula. Nada que denigra FHC. E são prerrogativas do cargo.

Por outro lado, há um sistema de cartões corporativos que permitiram alguns abusos. Nada que não pudesse ser consertado com uma definição clara do que pode ou não ser gasto com ele.

Cria-se uma crise política em torno da tapioca. Ameaça-se com uma CPI, com uma crise institucional e se chegar aos gastos pessoais do presidente e sua família. Cria-se um clima de escândalo antes mesmo de se conhecer os dados. O que saísse geraria escândalo, fossem pagamentos a cabeleireiros ou compras de tapiocas.

A Casa Civil entra no clima e se prepara para enfrentar a crise da tapioca na CPI. Procede a um levantamento de todas as despesas presidenciais englobando o período FHC. Até aí tudo normal.

Parte dos dados vaza para a imprensa. Para quem? Para a revista Veja. Nem o mais improvável dos "aloprados" buscaria a Veja para atacar o ex-presidente FHC. Logo, o vazamento dos dados partiu de alguém que não atuava em sintonia com a Casa Civil.

O ponto central da história não é saber se o levantamento foi feito ou não, se as informações estavam sendo organizadas ou não. É saber qual foi a motivação para o levantamento e para o vazamento de dados.

Tem duas possibilidades.

O governo diz que estava organizando os dados para poder fornecer à CPI quando solicitado.

Veja conclui, com a facilidade que lhe é peculiar, que o levantamento visava chantagear a oposição. Quais as evidências? Nenhuma.

É essa a questão central que a reportagem da Veja não esclarece. Mostrou tudo menos o essencial. Quem foi chantageado com esse relatório? Qual a prova de que se destinava a chantagear? Qual a testemunha que ouviu, alguma vez, que a intenção era a chantagem para evitar a CPI?

Agora vem a matéria da "Folha". Os jornalistas informam ter recebido o relatório ontem. Ora, havia um relatório circulando na praça, o que a Veja recebeu. Ou é crível imaginar que, depois do carnaval do final de semana, relatórios continuaram jorrando da Casa Civil? A não ser que o jornal apresente outras evidências, ele recebeu cópia do relatório que a Veja tinha.

Então, o relatório não era novidade. Não era novidade o fato de que a Casa Civil estava alimentando o sistema com os dados. A própria Dilma Rousseff já tinha admitido. Qual o furo da "Folha" então: a de que o trabalho foi pedido pelo "braço direito" da Dilma, a Secretária Executiva da Casa Civil. Em qualquer ministério, é o Secretário Executivo quem comanda o dia a dia. "Furo" seria se o pedido tivesse sido por alguém de fora da Casa Civil.

Depois, para "esquentar"a matéria, os procedimentos de sempre, afirmações colhidas uma fonte chamada Planalto.

A cúpula do governo avalia que a situação política da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se agravou e que ela precisa dar uma resposta rápida. Do contrário, corre risco de cair.

Tenha-se a santa paciência! Que mané cúpula! Imaginar que a peça central do segundo governo Lula, a maior unanimidade que se tem nesse governo, "corre risco de cair" por conta dessa notícia é exagerar na auto-louvação do furo. Até se aceita esse tipo de liberdade poética do senador Arthur Virgílio. Supor que a "cúpula do governo" admitiu, é demais.

E continuam os factóides:

No segundo mandato, é a primeira vez que um membro poderoso do governo e próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ligado a um escândalo.

Dias atrás, a "Folha" havia "denunciado"o que chamou de mentira do Ministro Tarso Genro. Ele teria declarado que os dados haviam sido solicitados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e o TCU o teria desmentido.

Como - ao contrário da Veja - a "Folha" se permite laivos de contraponto, deu a palavra ao Ministro:
Indagado pela Folha sobre o fato de o TCU (Tribunal de Contas da União) tê-lo desmentido, Tarso disse que quem errou foi o jornal, por ter divulgado informação "equivocada".

"O que eu disse é que a Casa Civil estava fazendo reparos na organização dos documentos para dar maior transparência, por orientação do TCU. Trabalhando os documentos, que não eram sigilosos, colocando-os dentro do sistema, e que vão estar à disposição quando a CPI precisar. Ele [o tribunal] confirmou o que falei."

E de factóide em factóide La nave va, enquanto as contas externas vão levando o país pouco a pouco para o centro da crise internacional.

Luis Nassif (http://www.projetobr.com.br:80/web/blog/5)

Enviada por Benildes Santos

terça-feira, 25 de março de 2008

Qualidade das fotos para o NaPrática (impresso)

Fiquem atentos em relação às fotos do impresso. Fora tudo aquilo que venho enfatizando (enquadramento, ângulos, iluminação, momento decisivo, punctun, equilibrio, simetria, espontaneidade, realismo etc) é preciso que vocês tomem cuidado com a definição da imagem. Ou seja, as fotos devem, OBRIGATORIAMENTE, ser feitas com a câmera Sony H9 (do IESB) ou outra tão boa quanto.
 
Salvem as fotos em TIFF com 300 dpi (no Photoshop) naquela pasta do impresso que fica dentro da pasta do Na prática 1°/2008. 
 
Qualquer dúvida, conversem comigo. 
 
um abraço,
Rose

Festival "É tudo verdade"

Pessoal,
 
Quem faz ou gosta de documentário deve conhecer esse festival. Confiram:
 
 
abs,
Rose

Dica bibliográfica

Prezada Rose May Carneiro,

O Circulando o saber traz para você mais um importante lançamento da coleção de jornalismo:

A ARTE DE ENTREVISTAR BEM
Thaís Oyama

Clicando na capa do livro abaixo, você terá acesso ao sumário e à introdução da obra.
O livro chega em nosso estoque no dia 28/03 e em seguida poderá ser encontrado nas melhores livrarias do país e nos sites da Livraria Cultura ou da Editora Contexto.


Este livro descreve os encantos e conta os segredos para escapar das ciladas daquilo que é a base da reportagem e, na opinião de muitos, seu momento mais prazeroso: a entrevista. Estudantes e até mesmo experientes profissionais do ramo muitas vezes deparam-se com situações complicadas. Como quebrar o gelo? Gravar ou não gravar? Como lidar com entrevistados difíceis? Guia abrangente, a obra aponta os erros mais comuns e indica truques infalíveis sobre o que fazer para não transformar a entrevista em um desastre, mesmo em situações imprevisíveis. Além disso, Thaís Oyama relata a experiência de 11 talentosos jornalistas para mostrar que, mais do que aprendizado teórico, a arte de entrevistar se aperfeiçoa com o exercício permanente da profissão.


A autora
Thaís Oyama é jornalista e está na revista Veja desde 1999. Já trabalhou na TV Globo (sucursal de Brasília), nas revistas Marie Claire e República (já extinta) e nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Desde 2003 dá palestras sobre técnicas de entrevista para jornalistas e estudantes de jornalismo.


Preço:
R$ 25,90
Nº Págs.:
112
Formato:
14 X 21
ISBN

978-85-7244-391-3




Diego Jock
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sexta-feira, 21 de março de 2008

Entrevista com a fotojornalista Claudia Andujar



 
 

Durante 34 anos, a fotógrafa Claudia Andujar, 74, focou seu olhar no povo ianomâmi. Eleger esse povo amazônico foi uma decisão quase intuitiva que se tornou a causa de sua vida, desde que travou o primeiro contato com eles, em 1970, aos 39 anos. Naquela época, Claudia trocou o trabalho de repórter fotográfica que exercia para revistas norte-americanas como Life e Jubilee e também para a Realidade, da Editora Abril, por seguidas vivências e documentações em terra ianomâmi, no Amazonas e em Roraima. Com um pé na cidade e outro na floresta, em 1978 ela participou da fundação da Comissão Pró-Yanomami, ONG que coordenou até 2000 e foi essencial na demarcação do território indígena ianomâmi, em 1991. Claudia nasceu na Suíça, passou a infância na Transilvânia (região entre Romênia e Hungria) e a juventude em Nova York e se mudou para São Paulo em 1955, aos 24 anos. Após viajar pela América Latina, em 1958 esteve com os índios pela primeira vez: durante dois meses, morou com os carajás na ilha do Bananal, hoje situada em Tocantins. O exercício de fotojornalista rendeu inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Hoje retrabalha suas imagens e mostra o que aprendeu nesses anos de dedicação "ao ser vulnerável".

Por que você escolheu os ianomâmis?

Em 1971, decidi deixar o jornalismo para desenvolver um trabalho autoral, extenso. Havia conhecido os ianomâmis pouco tempo antes, na Amazônia, como repórter fotográfica da revista Realidade. Eles ainda não tinham sofrido o contato desordenado com o mundo civilizado, eram mais livres. Fiquei tocada humanamente pela informalidade na vida cotidiana. Fui recebida com naturalidade, permitiram que a gente se conhecesse. Eles têm muita curiosidade em relação ao novo.

O que lhe chamou a atenção em relação ao modo de vida deles?

A sabedoria de viver no meio de uma natureza grandiosa, muitas vezes árdua. As relações entre pais, filhos, avós, a forma como conviviam. Durante os três primeiros anos de vida, por exemplo, a mãe não se separa da criança: dorme junto na rede e amamenta durante esse tempo todo. Há uma ligação física e emocional muito grande em relação às crianças. A opinião dos mais velhos é muito importante, sobretudo a dos xamãs, que são pessoas especiais que fazem a intermediação do ser humano com o mundo dos espíritos.

De que maneira sua espiritualidade foi influenciada por essas vivências?

Segundo o xamanismo, cada elemento da natureza possui um espírito com propriedades específicas para sanar o mal: o Sol, a Lua, o rio, o vento, as pedras, o homem. A interdependência faz com que cada um tenha papel insubstituível para o mundo funcionar. Embora não tenha participado dos rituais xamânicos – somente observei –, hoje me sinto integrada a esse pensamento de totalidade do Universo.

 

Como você transmitiu isso nas fotografias?

Uma parte do meu trabalho é dirigida aos rituais, nos quais os xamãs recorrem ao "invisível" para encontrar soluções como cura de doenças e falta de chuva. Para conseguir retratar esse pensamento ancestral e mitológico, procurei unir a imagem do homem a detalhes da natureza, utilizando fusões de fotografias. Tentei criar uma magia.

Qual é a grande diferença entre a nossa cultura e a indígena?

O acúmulo de coisas não tem valor para eles e a troca é mais valorizada do que a posse. A propriedade coletiva faz a grande diferença. Não há sentido em ser dono de uma terra, de um objeto, como na cultura ocidental. Em 1977, depois de morar durante 14 meses na comunidade dos Wakatautheri, em Roraima, quis jogar muita coisa fora ao voltar para minha casa, em São Paulo. Achava supérfluo. É claro que hoje em dia as coisas da minha casa me agradam pelo conforto, pela estética e pelas lembranças que trazem. Mas posso sobreviver sem elas. Os ianomâmis não acumulam por razões práticas também, porque quase tudo se destrói por causa da umidade, do calor e das pragas. Essas experiências criam em nós outra maneira de entender o mundo.

O que mais a tocou?

A fragilidade, quer dizer, a vulnerabilidade. Quando se enfrenta o desconhecido, há poucos meios de se defender. Há 30 anos, os ianomâmis não entendiam que havia um mundo que estava a fim de ocupar suas terras e extrair suas riquezas. Nos anos 80, durante a invasão da terra ianomâmi, os garimpeiros passaram a distribuir presentes para demonstrar "amizade", que foram aceitos por muitos. Até que as doenças apareceram e eles começaram a morrer.

Hoje eles possuem consciência dessa vulnerabilidade?

Existe uma geração que está se conscientizando, inclusive sobre a importância da língua e da preservação da cultura. Hoje há duas organizações não-governamentais voltadas para os ianomâmis: uma é a Comissão Pró-Yanomami, formada por uma equipe multidisciplinar em 1978, com objetivo de reivindicar ao governo brasileiro o direito às terras. A outra é a Hutukara, uma organização recém-criada somente por ianomâmis, cujo nome significa "terra ancestral". O presidente é o xamã Davi Kopenawa Yanomami, forte líder político. A idéia é que a CCPY se afaste e eles assumam a autonomia, tenham seus próprios advogados, projetos de saúde e educação e aprendam também a falar português.

Qual foi o dia mais feliz da sua vida?

O dia em que o governo brasileiro reconheceu as terras do povo ianomâmi, em 1991, foi inesquecível. Fomos convidados pelo Planalto a dar a mão ao presidente, o Collor (risos), que não foi aquela coisa que as pessoas desejavam, mas, para nós, a garantia das terras significou uma grande conquista. Com a criação do território indígena ianomâmi, mais de 96 mil quilômetros de terras foram destinados para uso e usufruto deles, em Roraima e no Amazonas. Me empenhei muito nessa questão, durante 14 anos. Uma dedicação que considero a coisa mais importante que fiz na vida.

Qual é o significado da fotografia na sua vida?

É com a fotografia que encontro mais facilidade de me comunicar e dizer o que penso do mundo. No meu caso, entender o outro por meio da fotografia também é um ato político.

PARA SABER MAIS

LIVROS

A Vulnerabilidade do Ser, Claudia Andujar, Cosac Naify

Graças às imagens de Cláudia Andujar o mundo passou a conhecer os índios ianomâmis. Suíça naturalizada brasileira desde 1957, Cláudia começou a carreira de fotógrafa na revista Realidade, mas logo partiu para um trabalho autoral junto aos índios na Amazônia. Publicou no exterior os livros Amazon (1973) e Mitopoemas Yanomami (1979) e passou a ser conhecida no Brasil por ter participado entre 1978 e 1992 da demarcação das terras do ianomâmis, em Roraima (uma área do tamanho da Bélgica). Fazia 20 anos que Cláudia Andujar não remexia em seus arquivos de fotos. Após dois anos revendo 15 mil negativos em preto-e-branco e tantas outras imagens em cores, ela apresenta em A Vulnerabilidade do Ser uma síntese acurada de toda sua obra com fotografias que tocam naquilo que há de mais humano: o amor pelo próximo. Com 142 imagens, a edição, que é bilingüe, traz artigos e uma emocionante entrevista com a autora.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Escala de Pautas - Turma 1 (Semana 4)

EditoriaRepórterSugestão de Pauta
CidadaniaFernandaConvenção Nacional GLST
CidadaniaAna CandidaQuem vai estudar na nova UNB
CTMAErikRachel - Softhare que transforma as letras em som
CTMAHeberTransmissão digital - O que acontecerá com as rádios do DF
ComportamentoCristianeEgoísmo juvenil no DF
Cult. e LazerGustavo ChavesBrasília é o 1º Lugar na venda de livros de auto-ajuda
Cult. e LazerGustavo SouzaMambembes - Atores que praticam teatro ambulante
Cult. e LazerBrunoParque Jequitibá - Problemas e soluções
EconomiaCamila DenesPessoas que se individam para comprar objetos que fogem de seu orçamento financeiro para parecer rico

Lembrando que as matérias serão entregues somente no dia 25/03 na terça-feira.
Agora é pra valer, os erros serão considerados e descontados da nota.
Boa sorte.

Dúvidas? enviem para jornalistass@gmail.com

sábado, 15 de março de 2008

RELAÇÕES DA SAÚDE PÚBLICA COM A IMPRENSA: O CASO DA FEBRE AMARELA.

Será realizada, no dia 26 de março, uma mesa-redonda, promovida pela Fundação Oswaldo Cruz – Brasília (Fiocruz), sobre as "Relações da Saúde Pública com a Imprensa: o caso da febre amarela.'' O evento promoverá um debate sobre o  que de fato o Brasil tem registrado este ano em relação à doença (desmistificando alguns pontos e esclarecendo outros), e a cobertura que a imprensa tem feito em relação ao caso.
Os convidados para o debate são: o jornalista e integrante do Observatório da Imprensa, Venício Lima, que já escreveu alguns artigos sobre o tema; a editora de Cidades do Correio Braziliense, Samanta Sallum; a pesquisadora da UFBA, Glória Teixeira, e o presidente Abrasco, José Carvalheiro.
Participarão do evento comunicadores, estudantes, sanitaristas, gestores municipais e estaduais, representantes do Ministério da Saúde e outros convidados.
O seminário será realizado de 9h às 12h, no Auditório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), localizado no Setor Embaixadas Norte, Lote 19. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 24 de março, no site da FIOCRUZ BRASÍLIA (http://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=fa)
            Para mais informações, entre em contato com a  Assessoria de Comunicação Social da FIOCRUZ BRASÍLIA, pelo e-mail ascombrasilia@fiocruz.br  ou pelo telefone 3340-5810.
 
Enviado por Layla Fuezi

sexta-feira, 14 de março de 2008

A Imprensa discute a Imprensa

Os brasileiros são contra ou a favor da criação de uma televisão pública, bancada com recursos estatais mas sem vinculação governamental?
 
Como o Congresso Nacional já aprovou a sua criação, é a vez de a sociedade debater mais o assunto. Hoje, a partir das 19h, acontece a segunda edição do ciclo de conferências A Imprensa discute a Imprensa, cujo tema será TV Pública: busca de um novo paradigma para a comunicação televisiva brasileira.
 
O evento será realizado no auditório Dom João VI, na Imprensa Nacional, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e terá a participação da diretora-presidente da Empresa Brasil de Comunicação e responsável pela TV Brasil, Tereza Cruvinel; do diretor da Faculdade de Comunicação da UnB, David Renault; do coordenador de Comunicação do Uniceub, Henrique Tavares; e do colunista do Correio Braziliense Luiz Carlos Azedo. A entrada égratuita.
 
Os internautas também poderão participar da mesa-redonda enviando perguntas pelo endereço eletrônico 200anosimprensanacional@in.gov.br. O ciclo é promovido pela Imprensa Nacional e pelo Correio Braziliense.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Escala de Pautas - Turma 1 (Semana 3)

 

Editoria Repórter Sugestão de Pauta
Brasília Ana Candida Trânsito caótico em Bsb - as atuais dificuldades do governo no sistema viário.
Brasília Fabíola Souza Aumento do uso de crack no Distrito Federal.
Cidadania Erik Ivertar Caixas eletrônicos - problemas com o limite dos cartões de crédito além da falta de opções ao sacar o dinheiro.
Cidadania Joyce Movimento dos artistas com deficiência motora.
C.T.M.A Eugifran Evento Ecodesign - cobertura completa.
C.T.M.A Carolina Lima Aparelhos que analisam a poluição atmosférica e sonora.
Comportamento Frederico Body modification - até que ponto o body é aceito legislativamente.
Comportamento Gustavo Souza Intolerância Juvenil - Porque os jovens estão ficando cada vez mais violentos.
Cultura e lazer Camila Denes Cultura Repentista - os grupos de cordel estão sumindo.

 

Lembrando que os editores destas editorias devem entregar seus relatórios

Duvidas? Enviem para jornalistass@gmail.com

sexta-feira, 7 de março de 2008

Vencedores do World Press de Fotografia de 2008

Confira no link as fotos vencedoras do World Press de Fotografia de 2008.
 
 
O world press photo é um  concurso que pretende premiar o que de melhor se faz em fotografia por esse mundo afora. Desde 1955 que a missão desta fundação Holandesa tem sido a de encorajar o profissionalismo do fotojornalismo, promovendo o concurso anual de maior prestígio para a comunidade da fotografia.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Jornalistas falam sobre a linguagem politicamente incorreta na mídia

Fonte: Comunique-se

Discriminação é algo que não deve fazer parte do trabalho do jornalista, mas é comum ver palavras que denotam preconceito na mídia. Muitas vezes, sem que o profissional perceba, acaba seguindo estereótipos e usando linguagem comum a sua cultura, que apesar de muito usada, na opinião de muitos, revela preconceito.

Palavras ou expressões como "denegrir", "favelado", "lista negra", "humor negro" podem ser encaradas como preconceituosas, mas o assunto gera discussões. Eduardo Martins, autor do Manual de Redação e Estilo do Estadão, afirma que o uso da palavra denegrir não revela preconceito, porque a origem da palavra está associada à coloração negra e não à etnia. "A palavra denegrir não se refere aos negros. Esse termo teve origem no século XV, quando ainda não havia escravidão no Brasil. Nem todas expressões se referem ao negro como etnia", explica.

O termo "judiar" é raramente usado pelos jornais e revistas, somente em citações das fontes, raramente pelo próprio jornalista. "A palavra judiar vem literalmente de judeu e deve ser evitada. Há muitas outras palavras que podem substituir este termo", complementa o autor do Manual de Redação e Estilo do Estadão.

Uma expressão muito usada é "lista negra". Esta é uma das mais comuns em diversos veículos. A Folha Online traz um exemplo na matéria: "Obras sob suspeita devem ser cortadas do Orçamento; 43 estão nessa situação". Publicada no dia 18/01, a matéria encerra com a frase: "A obra saiu da lista negra do TCU e os recursos poderão entrar no Orçamento da União de 2008".

Há também matérias que denotam preconceito contra religião, cultura ou nacionalidade. Usa-se a palavra "terrorista" nos mais diferentes contextos, sem que muitas vezes ela tenha sentido. O preconceito contra nacionalidade também é visível na mídia. É o caso do Paraguai: tudo o que é falso e de baixa qualidade é relacionado ao país vizinho. Exemplo disso é uma matéria da Revista Veja de 21 de junho de 2001. Um box intitulado "Made in Paraguai" traz um ranking dos 10 países que mais falsificam programas de computador.

A Revista Época de 28/01 deste ano traz, na matéria intitulada "Depressão e alívio", um infográfico com o seguinte título: "Janeiro negro". A palavra negro se destaca em negrito. A matéria trata da crise no mercado financeiro, e usa a expressão para relacionar o período negativo. "Acredito que deve-se evitar toda palavra ou expressão que coloque a palavra negro de forma negativa", afirma Paulo Pinto, secretário-geral da ONG Soweto.

"As pessoas cometem na profissão os mesmos erros que cometem na sociedade", afirma Tereza Rangel, ombudsman do UOL. "Muitas vezes ao se evitar um preconceito acaba-se reforçando a discriminação. É o caso da palavra afrodescendente. Por que não se usa eurodescendente ou outras expressões?", indaga.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Escala de Editorias - (Semana 3)

Gente, lembrando que agora os grupos são formados por 3 pessoas.

Editoria Editor Repórter
Brasília Fernanda Cardoso Ana Cândida
Fabíola
Cidadania Heber Erik
Joyce
C.T.M.A Cristiane Brandi Eugifran
Carolina Lima
Comportamento Gustavo Chaves Frederico
Gustavo Souza
Cultura e Lazer Amilton

Camila Denes
Imira

Economia Camila Costa Igor
Diana
Educação Camila Vidal Camila Bogas
Fenanda Alves
Esporte Fernando Naves Caroline Figueira
Eris
Pólítica Arthur Alexandre Isomura
Hermes
Saúde Caroline Moraes Benildes
Ariadne

Lembrando que os editores deverão escrever toda vez um relatório mostrando o que fizeram na editoria.

Dúvidas, envie para jornalistass@gmail.com