terça-feira, 15 de abril de 2008

Atividade Extra-classe

A Luz e a Fúria - Luis Humberto.

Local: Fenac - Parkshopping

Lançamento no dia 15 de abril, terça-feira, às 19h00, na FNAC, ParkShopping. Na ocasião, o fotógrafo comentará suas imagens, projetadas em telão. Uma oportunidade para que o público conheça parte da produção do artista sobre o poder, Brasília e o cerrado.

Dedicado ao fotógrafo que mudou a paisagem da cidade, terceiro volume traz antologia e fotos inéditas dos primeiros anos de
Brasília

Um presente de aniversário para Brasília: no dia 15 de abril será lançado o terceiro volume da coleção *Brasilienses*. Escrito pela jornalista Nahima Maciel, *Luis Humberto – A luz e a fúria* traça o perfil do fotógrafo e arquiteto carioca que reside em Brasília desde os primeiros anos da cidade. Luis Humberto tornou-se um dos mais respeitados profissionais da fotografia brasileira. Ele fez de Brasília tema e cenário para suas imagens, revelando muitas faces da identidade cultural da capital.

No primeiro livro da coleção, *Nicolas Behr – eu engoli brasília* (2004),  o poeta foi perfilado por Carlos Marcelo. No segundo, *Roberto Corrêa –* *Caipira
extremoso* (2006), Sérgio de Sá escreveu sobre o violeiro. Um dos objetivos da coleção é levar o leitor para dentro da alma da cidade, com inventividade
e ousadia. Mais uma vez, o ParkShopping, parceiro desde o primeiro número, é o patrocinador exclusivo de *Luis Humberto – A luz e a fúria*.

Além do perfil e de uma entrevista detalhada, assinada por Nahima Maciel e Carlos Marcelo, o livro apresenta ensaio fotográfico em preto e branco de autoria de Anderson Schneider, realizado na Universidade de Brasília. Traz ainda textos exclusivos produzidos por profissionais ligados às artes visuais brasileiras. A crítica de fotografia Simonetta Persichetti e o fotógrafo e professor da UnB Marcelo Feijó assinam ensaios teóricos sobre a produção fotográfica de Luis Humberto. Na orelha do volume, o cineasta Jorge
Bodanzky (*Iracema, uma transa amazônica*), ex-aluno da UnB, fala com lucidez e carinho sobre o professor que se tornou referência na defesa da
utopia original brasiliense. O arquiteto José Carlos Coutinho assina a apresentação do livro.

A edição contempla o leitor com 30 fotos inéditas de Luis Humberto. Realizadas entre 1970 e 1975, as fotografias mostram uma visão singular e poética das quatro escalas previstas por Lucio Costa para a capital:
monumental, gregária, bucólica e residencial. O livro também apresenta uma antologia das imagens mais representativas dos tempos de cobertura política
nos anos 1970, quando Luis Humberto fez história no fotojornalismo brasileiro ao expor o lado patético da liturgia do poder. O livro revela ainda a faceta de poeta – desconhecida pelo público – do fotógrafo, com a publicação de poemas inéditos.

No perfil, Nahima Maciel destaca Luis Humberto como figura que perpassa a história em todos os sentidos – político, cultural e do pensamento –, e também como personalidade de caráter veemente e instigante, que ama Brasília e critica com rigor os abusos que ela sofre. "Luis Humberto é um arquivo vivo do que é essa cidade", afirma ela.

Carioca, nascido em 1934, formado em Arquitetura, Luis Humberto veio para Brasília em 1961, onde descobriu a arte de fotografar. Ele começou sua
trajetória fotográfica junto com o início da cidade, e assim registrou momentos marcantes da história, como a arquitetura da então Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), a agitação da W3 Sul, o enterro de Juscelino Kubitschek e o movimento Diretas Já. Também enquadrou políticos, quase sempre com um olhar irônico e provocador. E fez da própria família tema especial para suas lentes.

Um dos fundadores da Universidade de Brasília, onde foi professor na Faculdade de Comunicação, ele é um dos pioneiros na reflexão sobre a linguagem fotográfica no Brasil, com livros e ensaios sobre o tema. Em sua
opinião, "Brasília ainda não está completamente explorada, a fotografia ainda se surpreende com a cidade".

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