sexta-feira, 17 de abril de 2009

Economia do Brasil está cambaleante

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Enquanto bancos comemoram, empresas fecham as portas

Talvez a mídia esteja confusa, principalmente em relação a economia. Vi em um jornal de horário nobre que os bancos estão registrando lucros já no 1º trimestre. Após afirmação de "vaca gorda" pela Wells Fargo, JP Morgan e Goldman Sachs, foi a vez do Citigroup registrar lucro. Foi registrado US$ 1,59 bilhão, correspondente aos três primeiros meses , contra prejuízo de US$ 5,11 bilhões do 4º trimestre de 2008. É o primeiro resultado positivo do Citi em 18 meses. Por incrível que pareça, o resultado é reflexo do corte de mais de 10 mil empregados contrapondo com o desempenho positivo em áreas como a de investimento.

Deu no blog da Miria Leitão "esses desempenhos não afastam a crise sistêmica porque lucro significa fluxo de caixa, ou seja, o quanto entrou e saiu de dinheiro em um período. Como os bancos pegaram muito dinheiro emprestado com o governo a juros baixos, ficou mais fácil tem bons resultados temporários."

No entanto, o erro que bancos cometeram outrora voltam a se repetir. O risco sobre os bancos ainda existe - já que ninguém sabe o tamanho do buraco que existe por causa dos devedores ativos e podres não declarados.

Mas nem tudo é flores, No G1, as empresas continuam a apresentar resultados ruins por conta de demanda baixa. A Sony Ericsson teve prejuízo neste trimestre de cerca de US$ 380 milhões com redução das vendas de 2,7 bilhões de euros do mesmo período do ano passado para 1,7 bilhão este ano. Por causa disso, a empresa anunciou que vai cortar mais 2 mil empregos.

Já a empresa japonesa Toshiba anunciou que vai cortar mais 3.900 postos de trabalho temporários no Japão até março de 2010. A empresa já havia anunciado o fim de 4.500 postos de trabalho provisórios com contratos a prazo nos últimos meses, basicamente no setor eletrônico, duramente afetado pela recessão internacional. A empresa poderá ter um prejuízo mais grave que o previsto, de 350 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões) no ano fiscal que termina em 31 de abril.


Brasil
Aqui no País não é muito diferente. Enquanto o governo aposta em "maré boa", o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn prevê que o Brasil registrará neste ano um crescimento mínimo ou entrará em recessão. Uma previsão muito mais pessimista.

Segundo ele, "O Brasil provavelmente terá este ano uma taxa muito, muito baixa de crescimento, ou até negativa".
O FMI divulgará suas previsões oficiais de crescimento em nível mundial na próxima semana. Em janeiro, o fundo previu que a economia brasileira se expandiria 1,8% neste ano, mas, desde então, reduziu suas previsões de crescimento de forma generalizada.

São essas especulações que motivam os bancos e o consumidor, no entanto, o governo nos prepara para uma reviravolta histórica, coisa que os economistas descartam friamente.

Há um mês, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, estimou, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceria 2% neste ano, apesar da crise.

É melhor dar tempo ao tempo.

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