segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jornalistas contra Gilmar


Estamos dentro da lei. Ele, Não.

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O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que na última semana protocolou uma Proposta de Ementa à Constituição Federal (PEC) para tornar obrigatória a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista, já conseguiu juntar mais de 40 assinaturas de apoio.

No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, por oito votos a um, a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Dentre as estrelinhas do "não" estava Gilmar Mendes e seus "capangas", digo, amigos.

Gilmar afirmou que a revogação da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão acabou com a relevância do registro profissional de jornalista no Ministério do Trabalho.
"O registro existente não terá nenhuma forma jurídica", declarou o ministro à Agência Brasil. Mendes afirmou, ainda, que a criação de um projeto de lei pelo Congresso para oficializar a obrigação do diploma - como foi proposto pelo ministro das comunicações, Hélio Costa - está descartada.
Nem precisa informar à ninguem que, o senho Gilmar tem "capangas", digo, amigos envolvidos na área de comunicação social. Ora. Ter diploma em jornalismo serve para regulamentar uma área onde pessoas que se formam em graduações alheias e que fazem somente um curso de seis meses de redação ou técnicas de jornalismo - ou não fazem - entram neste mercado de trabalho que já está "entupido de gente até a tampa".

PEC

para poder apresentar o PEC, eram necessárias 27 assinaturas. Segundo a Agência brasil, a proposta de Valadares torna obrigatório o diploma para exercer o jornalismo, além de tornar facultativa - Para os leigos, críticos de plantão, a exigência torna-se arbritária - a exigência do diploma´para colaboradores.

"Com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, foi uma decisão equivocada. O jornalista é um profissional cujo trabalho é reconhecido. É uma tradição a legitimidade. O brasil não pode retroceder. Como um senador socialista, não poderia deixar de recolher as assinaturas e protocolar a PEC", declarou o senador.

O papel do jornalista está evoluindo cada vez mais. Antes, os jornais se apoiavam em profissionais de outras áreas para criar matérias que pareciam mais colunas ou opiniões, e depois, eram enviadas para redatores - profissão já decadente no jornalismo - com o fim de transformar o texto em notícia jornalística. Não podemos retroceder, nem deixar que a sociedade fique a merce de pseudojornalistas que publicam "opinião" em vez de notícia para informar a sociedade e danificar mais as mazelas da comunicação no Brasil.

Como objetivo de aperfeiçoar o texto do PEC, Valadares ainda vai solicitar que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federação de jornalistas e da Ordem dos Advogados do brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Se Sarney renunciar, acaba

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Por mais duro que pareça aos sarneístas, tem razão o senador Pedro Simon (PMDB-RS) quando sugere a “licença” de José Sarney da presidência do Senado, como forma de preservar a instituição e arrefecer o denuncismo midiático.

Com três ressalvas, porém:
1) Licenciar-se é um modo menos doloroso de renunciar, pois quem sai em circunstâncias tão adversas depois não tem como voltar;
2) “Preservar a instituição” significa arranjar um meio de salvar a pele de todo mundo — senadores e altos burocratas, com duas ou três exceções entre esses últimos —, enquanto a de Sarney é lentamente consumida pelo descrédito.
3) O denuncismo midiático existe, sim, no sentido de que a grande imprensa do sudeste está em campanha para derrubar o presidente do Senado e parte do que publica é exagerado, distorcido ou simplesmente injusto.
Mas há muito que o Senado convive com graves irregularidades de que somente a alta burocracia tinha pleno conhecimento — mas nenhum dos senadores ignorava por completo. Nesse sentido, a imprensa contribui para melhorar o Poder Legislativo quando lhe expõe as mazelas e força a criação de mecanismo de transparência que já deveriam existir há muito tempo.

Não é como Renan

É pouco provável que Sarney aceite licenciar-se, assim como não se vislumbra a possibilidade de que seja destituído por seus pares. Cair de um cargo tão elevado com quase 80 anos, após uma carreira quase sempre ascendente, é mais do que Sarney conseguiria aguentar política e talvez até fisicamente.
Renam Calheiros pôde renunciar e continuar no jogo, quase com a mesma força. Sarney, não. Se renuncia, está morto.
A questão é saber se aguenta mais uma semana de bombardeio.

Por Walter Rodrigues, no Colunão

Morre o Rei do Pop



Michael Jackson foi levado a hospital de Los Angeles nesta quinta (25).
Ele foi declarado morto às 18h26, horário de Brasília.

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O cantor Michael Jackson morreu na tarde desta quinta-feira (25) após sofrer parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles. O cantor não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.

A morte de Jackson foi confirmada pelo Instituto Médico Legal de Los Angeles, em entrevista à rede de TV CNN pouco antes das 20h30, horário de Brasília.

"Posso dizer neste momento que fomos informados por investigadores do Departamento de Polícia de Los Angeles Oeste que Jackson foi levado (...) para o hospital. Ao dar entrada, estava sem os sinais vitais e foi declarado morto por volta das 14h26 esta tarde [18h26, horário de Brasília]", declarou Fred Corral, porta-voz do IML à CNN.

Antes mesmo da confirmação da morte de Jackson, o site do jornal "New York Times" publicou que uma autoridade da cidade de Los Angeles "afirmou que ele morreu às 17h07, horário de Brasília".

De acordo com o IML de Los Angeles, uma autópsia "provavelmente" será realizada na sexta-feira. Ainda não se especula a causa da morte, que será investigada pela polícia da cidade de Los Angeles.

"As coisas ainda estão acontecendo. Estamos nos comunicando com o hospital para transportar Jackson para nossas instalações, onde ele será examinado para determinarmos a causa da morte", acrescentou. "Até onde eu sei, fomos informados por investigadores da polícia de Los Angeles que Jackson foi levado pelos paramédicos para o hospital com uma parada cardíaca severa, e que depois foi declarado morto".

A rede de televisão Fox News afirmou que uma entrevista coletiva será realizada em breve no hospital.

Em declaração pública, em Los Angeles, o irmão do cantor Jermaine Jackson, disse que uma equipe de médicos do Centro Médico UCLA passou uma hora tentando ressucitar o rei do pop.

Jermaine afirma que os bombeiros encontraram Jackson com uma parada cardíaca, mas disse que ainda não se sabe o que causou isso. "A causa da sua morte só vai ser determinada após uma autópsia", disse. "Nossa família pede que a mídia respeite nossa privacidade ness momento difícil".

O corpo de bombeiros de Los Angeles disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

A tentativa de retorno

Michael, que completou 50 anos em agosto do ano passado, anunciou em maio o adiamento de alguns dos shows de uma extensa temporada que ele faria em Londres neste ano.

A noite de abertura na O2 Arena, marcada inicialmente para o dia 8 de julho, foi remarcada para o dia 13 do mesmo mês, segundo os produtores. Além disso, algumas apresentações foram transferidas para 2010.

O adiamento das datas aumentou as especulações de que o Rei do Pop estaria sofrendo de problemas de saúde.

Em declarações à CNN, Brian Oxman, advogado e amigo da família, explicou que Michael, enquanto se preparava para o show que tinha previsto fazer no próximo dia 13 em Londres, tomava remédios para tratar de lesões em uma vértebra na perna depois de uma queda no palco.

Ele disse que alertou as pessoas próximas ao cantor para as possíveis consequências da medicação, que inclusive representou um obstáculo para os ensaios.

Carreira

Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, o sétimo de nove irmãos. Cinco dos irmãos Jackson - Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael - apresentaram-se juntos pela primeira vez num programa de calouros quando Michael tinha 6 anos. Eles levaram o primeiro prêmio.

O grupo mais tarde se tornou o The Jackson Five, e, quando assinou contrato com a gravadora Motown Records, no final dos anos 1960, passou por uma metamorfose final, tornando-se The Jackson 5. Pelo mesmo selo, Michael lançou seu primeiro álbum solo em 1972, "Got to be there".
De lá até a 2001, o cantor gravou outros oito álbuns solo, incluindo "Off the wall" (1979), produzido pelo lendário Quincy Jones, e "Thriller" (1982), que ficou 37 semanas consecutivas no primeiro lugar das paradas, com cerca de 60 milhões de cópias vendidas no mundo.

"Thriller" - que ganhou uma reedição comemorativa em 2008 - é uma das principais responsáveis por imortalizar pérolas pop como “Billy Jean” e “Beat it”. Ao todo, sete canções chegaram ao topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos. O álbum deu origem ainda a um dos clipes mais cultuados desta era. Dirigido por John Landis, o vídeo da faixa-título mostra o astro pop se transformando em zumbi e traz a risada sinistra de Vincent Price, que assombrou muitos adolescentes no início dos anos 80.

Outros álbuns incluem "Bad" (1987), "Dangerous (1991) e "Invincible" (2001). No total, segundo cifras divulgadas nos Estados Unidos, Michael Jackson vendeu 750 milhões de discos.


Polêmicas

Em 1994 Jackson se casou com a filha única de Elvis Presley, Lisa Marie, mas o casamento terminou em divórcio em 1996. Nesta quinta, a filha de Elvis disse que a morte do ex-marido a deixou de 'coração partido'.

No mesmo ano Jackson se casou com Debbie Marie Rowe e eles tiveram dois filhos antes de se separarem em 1999. Eles nunca viveram juntos. Jackson teve três filhos: Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II, este último conhecido por um momento público breve em que seu pai o segurou para fora da sacada de um hotel.

Entre as muitas polêmicas e escândalos protagonizadas por Michael Jackson, a mais significativa aconteceu em 2005, quando o cantor foi a julgamento após ser acusado de pedofilia e absolvido.

Sobre sua fisionomia, que mudou significativamente desde que ficou ficou mundialmente conhecido, Michael admitiu fez duas cirurgias no nariz e uma para ficar com uma covinha no queixo, segundo a autobiografia "Moonwalk" (1988). Já sobre a mudança na cor da pele, o cantor atribuiu-a à doença conhecida como vitiligo, que causa despigmentação.


Fãs de todo o mundo fazem demonstrações de afeto pela perda do ídolo. No Japão, uma emissora de televisão prepara um especial de dois dias com os melhores momentos de Michael pelo mundo. No Brasil, pessoas que seguiam a carreira do astro prestaram homenagens em pontos conhecidos na Bahia e no Rio de Janeiro, cidades onde Jackson passou para gravar o clipe de "They don't care about us", música incluída no álbum "HIStory: Past, present and future – Book I".


Adeus Michael...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um tradutor para o Presidente?!

desculpem a demora em postar...
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O presidente da república Luis Inácio Lula da Silva possui, quando viaja ao exterior, um ótimo tradutor linguísta. Em suas conversas oficiais e suas explicações, às vezes contraditórias, está alí, para ajudá-lo, a figurinha do tradutor simultâneo - figurinha até bem conhecida nas convenções e reuniãos coletivas do Lula. Mas aqui dentro do país, onde ele não precisa de tradutor é que as coisas complicam. Quando Lula poem-se a falar, eis que solta algo difícil de se entender e que vira um bom "pano para manga" para os jornalistas de plantão.

Nesta terça-feira, no Rio, Lula disse que em vez de desonerar as empresas de impostos, prefere dar dinheiro para a população comprar.

Parece até fácil de entender, parece, pois dar dinheiro aos pobres é algo que todos já sabem que o governo faz. Vide planos como Bolsa família e Bolsa Escola. Mas o que não dá para engolir é o que ele disse sobre o setor produtivo brasileiro. Desonerar não é preferível? Desde o começo desta crise, o que o governo fez foi reduzir impostos para automóveis, máquina de lavar e geladeira, material de construção. Além disso, o governo prepara agora um pacote para redução de impostos sobre a compra de máquinas e equipamentos.

É como se as decisões presidenciais estivesses sido terceirizadas ou postas em locais bem distantes e sem comunicação uns com os outros. O presidente deve entender que estas decisões são dele, mesmo vindo de baixo - de forma hierarquica - é ele que decide. É bom que haja incentivo para alguns setores, principalmente os que geram mais emprego. Mas o caminho seria deixar mais dinheiro na mão das pessoas, sejam pobres ou classe média. E isso seria feito com a redução de impostos de uma forma geral. Tudo bem se o governo estiver fazendo-o com "passos de formiga" - o que é de praxe - mas que faça.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nelson Jobim rebate críticas sobre caso da Air France




Agência estado
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reagiu hoje às críticas de que teria se precipitado ao relacionar os primeiros objetos encontrados no mar na busca ao Airbus da Air France a destroços da aeronave que desapareceu na rota Rio-Paris no dia 1º. Um dia após o ministro ter feito a declaração, a Aeronáutica o desmentiu, apontando que as peças eram de madeira e não poderiam pertencer ao avião. Jobim negou ter errado, argumentando que se referia a uma trilha de destroços que eram do Airbus e que depois se dissiparam no mar.

"Tenho costas de crocodilo e arrogância de gaúcho", disse, ao ser questionado sobre as críticas, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. "Acho absolutamente irrelevante o que foi dito pela imprensa francesa porque, na verdade, os destroços eram do próprio avião." O ministro disse ter optado por falar sobre os destroços para aliviar a angústia das famílias das vítimas do acidente.


Air France já teve problemas com sensores de velocidade

Pelo menos dois aviões Airbus da Air France já sofreram falhas nos sensores que medem a velocidade da aeronave, os tubos de pitot, responsáveis por orientar o sistema eletrônico de navegação. Os incidentes, cuja data exata é desconhecida, ocorreram há no máximo 11 anos e foram registrados em voos para Tóquio, no Japão, e Nova York, nos Estados Unidos, em aviões A340 - similares ao aparelho que realizava o voo AF 447 entre o Rio de Janeiro e Paris. A eventual falha

Os dois incidentes foram relatados por tripulações da Air France em Air Safety Reports (ASR), o documento que registra o relatório de eventos anormais em voos comerciais. Não foi possível o acesso às datas nas quais os incidentes aconteceram. O primeiro diz respeito a um Airbus A340, de matrícula F-GLZL, posto em serviço em 1998, que fazia a rota entre Tóquio e Paris. De acordo com o ASR, o avião sofreu "perda de indicações anemométricas", causando queda brusca de altitude. No painel do piloto, um alarme com as inscrições NAV ISA Discrepancy foi acionado, indicando a divergência dos sensores de velocidade.

A falha causou a desconexão do piloto automático e panes no sistema Fly by Wire e Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) - a exemplo do que aconteceu com o voo AF447. Para contornar a falha, a tripulação ativou o sistema de descongelamento dos pitots, que até então estava em posição automática. Com a medida, os indicadores de velocidade progressivamente retomaram a coerência nas aferições, possibilitando à tripulação seguir voo até seu destino.

IESB promove demissão em massa (Lado B)




Um esclarecimento sobre o que aconteceu...
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A Direção Geral do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) esteve nesta sexta-feira (5 de junho) em reunião com cerca de 30 alunos da Instituição. A conferência contou com a presença do diretor acadêmico e coordenadores dos cursos de Jornalismo e Publicidade além de representantes e líderes do movimento estudantil. O motivo da reunião foi o impasse que alunos tiveram após grande movimentação contra o IESB por e-mails e matérias em blogues.

Após a “coletiva” deu a entender que o IESB, além de está passando por uma reforma docente em prol da instituição, está sofrendo também de desgaste comunicacional (se esta palavra existir de fato, então estará valendo). No decorrer da conversa - aberta por sinal, pois Eda Coutinho não se cansou de confiar aos alunos de comunicação, suas histórias de vida - pode-se diagnosticar que a instituição sofre de falha administrativa, competência de qualidade e falha no respeito profissional.

Segundo Eda Coutinho, Diretora Geral, O motivo da demissão é de cunho legal. “Ou o IESB demitia esses professores porque eles não têm especialização ou o IESB não vai ser recredenciado como faculdade” explica. Em defesa contra os estudantes revoltosos, a Direção disse que a falta de certificados de pós-graduação e mestrado dos professores levou à demissão.

“O diploma de vocês é que está em jogo. Então o que vamos fazer? Nós vamos ser irresponsáveis como nós temos sido até agora? Na verdade nós temos sido. Porque acho que se tivéssemos sido mais criteriosos a pelo menos um ano. Quando eu falo em ‘nós’ não estou falando a professora Eda não. Estou falando dos coordenadores, professores e diretores. Nós devíamos de falar para os professores ‘vocês têm seis meses para fazer o curso, não fez? Nós vamos lhe tirar’. nunca tivemos coragem de fazer isso.”, comenta.

A Lei

De acordo com a legislação, a habilitação para o exercício do magistério superior deve ser obtida em programas de Mestrado ou Doutorado. Mas, havendo escassez de pessoal qualificado é admitida a docência, sem o título stricto sensu (artigo 52, inciso II, da LDB). Todavia, as instituições tendem a contratar mais Mestres e Doutores, porque a qualificação do corpo docente é fator importante na avaliação institucional, quando do credenciamento, ou renovação, além de que, até para lecionar na educação básica, é exigida licenciatura plena. O que ocorreu com o IESB.

A Direção, em defesa, aponta que sempre esteve presente nas reuniões semestrais com coordenadores e professores e garantindo que sempre se prostraram à discutir sobre a legitimação do diploma. “Desde que contratamos os professores, pois, há professores que foram contratados há nove anos. Há nove anos estão aqui no IESB. Eles não fizeram o curso. Nós não podíamos chegar no professor e forçá-lo a fazer o curso de pós-graduação. Isso pode provocar um processo por danos morais”, conclui Eda.

Nas reuniões feitas com professores, direção e coordenadores pautando as importâncias do semestre e bimestres, não se falava sobre o assunto de validação de certificados. “Não me ocorre dela ter citado algo do tipo em reuniões, nada sobre cursos ou sobre os certificados. Normalmente debatíamos sobre assuntos mais pontuais”, lembra Fernando Antônio de Alvarenga Grossi, “anistiado” do IESB.

Segundo entrevista com outros professores da instituição, nenhuma cobrança foi feita da parte da direção sobre os certificados. “Não foi cobrado de nenhum professor, em nenhum momento que fizessem curso de especialização ou que fosse necessário validar certificados” desmentem.

Mas o problema não é, somente, a falta de comunicação do IESB., mas também atos passados de alunos. Segundo a direção do IESB, um dos motivos pelo qual o Ministério da Educação (MEC) tenha estabelecido uma avaliação institucional foi porque o IESB recebeu uma pontuação baixa na avaliação discente de desempenho. O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) avaliou o IESB e deu a pontuação 2, em uma escala de até 5 pontos.

Apesar do motivo maior desta nota baixa ser por causa dos alunos que, em 2005, promoveram um boicote (à curtas penas, sem nenhum ideal), o IESB garante que a nota cambaleante foi por causa da pontuação correspondente a avaliação do corpo docente (avaliada no mesmo programa).

Avaliação de Cursos

Ricardo Carioni, diretor adjunto do IESB, afirma que as notas ruins no Enade pioraram a nota final do Índice Geral de Cursos (IGC). “Nossos alunos tiveram uma performance insuficiente no Enade, e no índice de Desenvolvimento Discente também não foi satisfatório. Esses dados, somados com a avaliação de número de doutores na instituição diminuem a nota”, comenta.

De acordo com o Inep, o IGC de cada instituição inclui a qualidade de todos os seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, distribuídos na totalidade de campi e municípios onde a instituição atua. Para chegar na nota, o cálculo levou em consideração a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação e à nota do aluno no Enade – e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação.

A média dos conceitos dos cursos é ponderada pela distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).Para estabelecer a nota do IGC, foram utilizados os CPCs referentes às edições do Enade no período de 2005 a 2007. Posto a isso, a Secretaria de Educação Superior (SESU) diz que o IGC não considera como pontuação maior a formação pós superior do corpo docente. “É um item que tem valor significativo para a avaliação final, mas na pontuação final, que vai de um a cinco pontos, este item corresponde a 0,75 ponto do total”, afirmam.

Diante disso, é fato que o IESB possui uma falta de procedência administrativa. Mesmo sendo válido o motivo das demissões, uma vez que, por lei, o IESB pode sim demitir os professores, porque então, o IESB não se comprometeu a criar um sistema mais rigoroso de seleção e contratação. Para alguns professores, a direção diz que as aulas práticas devem possuir professores de grande competência e vivência na área.

Um dos anistiados do corpo docente da instituição é a professora Fernanda Muylaert. Possui graduação em Jornalismo pelo IESB, em 2005. Foi durante dois anos apresentadora do Jornal Band News FM Salvador segunda edição, do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Trabalhou também como editora, redatora e colunista de moda do noticiário local. Além disso, prestou serviços para empresas como a Radiobrás e a TV Senado e para o Ibama, exercendo as mais variadas funções. Sob toda esta capacidade, o IESB à demitiu.

Não seria mais viável que, antes de contratar um profissional tão preparado e disposto a lecionar, pois, não é qualquer jornalista que está disposto a isso, dever-se-ia observar se tem ou não o índice de magistério. Como diz no Decreto número 5773, no projeto pedagógico da instituição que quer ter o credenciamento ou o recredenciamento da Instituição de Ensino Superior, deve conter o perfil do docente, indicando requisitos de titulação, experiência no magistério superior e profissional não-acadêmico e o mais importante, os critérios de seleção e contratação.

Como o IESB sabia que deveria se recadastrar, de acordo com a Lei, devia então ter sido mais criteriosa em contratar professores. Há cinco anos o IESB sabia disso, mas alega que este ano as “leis mudaram”. Não mudaram nada, pois, só ficaram mais rigorosas. Mas, como o próprio IESB disse, na reunião, “não estamos zelando pela qualidade”.

Resta entender porque o IESB realmente não incentivou os professores, como qualquer Instituição privada. Porque a instituição não foi mais rigorosa ou não deu o suposto curso de pós-graduação em magistério antes da contratação. Em muitas instituições no país as empresas criam cursos de capacitação. Infelizmente o IESB deixou escapar, sem pernear, essa atitude.

Os alunos do IESB não querem destruir ou manchar a imagem da Instituição, mas querem que esta imagem seja a mais limpa e transparente possível. Que a comunicação interna comece a ser plausível e que a direção comece a tratar os alunos e os professores como parte da instituição, e não como mercadorias avulsas e baratas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Banco Central pode criar SML para a China


Não se pode negar. Até mesmo se não estivessem em crise os bancos encontrariam meios mais diretos de comercialização. O SML feita com a Argentida, por exemplo, mostra que o Brasil está deixando o medo da potência estadunidense de lado e investindo comercialmente com argentinos de forma direta. No entanto, dizem as más línguas que, o Banco Central cogita a idéia de criar o mesmo sistema de operação comercial com os orientais - a China. Pode ser que o a coisa tramite bem e acabe chegando a um consenso. Lógico, depois de um estreitamento de laços comerciais entre Brasil e China, e, depois que Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, se encontrou com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, tudo é possível.

Nada é confirmado ainda, o Banco Central não confirma de nenhuma forma, mas, segundo fontes internas, o Banco Central está sim planejando, neste momento, um SML com a China. Contudo, devemos esperar posições mais diretas.

O sistema

A SML é o valor pelo qual são convertidos os valores fixados das operações cursadas no SML na moeda da parte emissora da ordem de pagamento. São divulgadas duas Taxas SML: uma Real/Peso - pelo Banco Central do Brasil (BCB) - e outra Peso/Real - pelo Banco Central da República Argentina (BCRA). A Taxa SML Real/Peso é a cotação para conversão de pesos argentinos em reais utilizada nas relações entre as instituições autorizadas nacionais e o Banco Central do Brasil, referente a importações brasileiras processadas no sistema de pagamentos. A Taxa SML Peso/Real, analogamente, é a cotação para as operações registradas na Argentina.

Benefícios

O SML possibilita a execução do comércio exterior nas moedas locais. Assim, não há a necessidade de se realizar as operações de câmbio, no Caso da Argentina, de real-dólar e dólar-peso, nas importações e peso argentino-dólar e dólar-real nas exportações. A taxa SML é mais favorável aos agentes, pois é formada pelas taxas interbancárias real/dólar (PTAX) e peso/dólar (taxa de referência), no Caso Argentina.Também sao simplificados os procedimentos dos importadores e exportadores em relação a sua necessidade de operacionalização com o dólar americano. Desta forma, espera-se redução de custo das transações, tanto financeiro como administrativo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

IESB promove demissão em massa

É evidente, agora, antes de tudo, o objetivo capitalista e corporativista do IESB. Como se não bastasse criar sem aviso prévio o EDAD (Uma cópia frustrada do Enad), o Exame de Desempenho Acadêmico Discente, o IESB agora decidiu demitir todos os professores sem nível de Mestrado no currículo. Motivo, segundo o IESB, aquele que se vangloria de ser uma instituição que une a “teoria e a prática juntos”, o MEC estabelece uma percentagem média de professores de um curso tenha nível de Mestrado.

“Os fins justificam os meios”

Esse é o motivo para o qual o IESB provocou uma demissão em massa na instituição, tirando, principalmente, aqueles professores que possuem vivência prática em determinadas áreas.
Exemplo, os professores de Telejornalismo e Radiojornalismo do curso de Comunicação Social. A maior parte do corpo docente trabalha em Instituições de comunicação como a TV Brasília e o SBT. Infelizmente o IESB prefere demitir este tipo de profissional que possui vivência na área por aquele que possui apenas nível acadêmico superior.

Não estou criticando a necessidade de profissionais mais qualificados intelectualmente, mas sim a forma desesperada que o IESB agiu ao demitir os professores, que, ficaram sabendo somente hoje (03/06).

Tudo isso porque o motivo capitalista é de querer se tornar uma instituição universitária. O IESB começou dando o primeiro passo ao fracasso, pois, está cortando a própria carne desesperadamente para um “futuro melhor”, nada contra a este futuro, mas é inaceitável que o IESB prejudique não só os professores, que se dedicam fielmente à instituição, mas também os universitários.

Os alunos que acabaram de entrar na instituição perderam ícones como o professor Leandro Fortes, Aliene Coutinho e o professor Grossi. Além disso, alunos que estão prestes a entrar na parte prática perderão professores reconhecidos pelas maiores empresas de comunicação do país. E por fim, não menos importante, os alunos do sétimo semestre, perderão seus orientadores e acabarão tendo de ser obrigados a trabalhar com professores que terão uma ligação exclusivamente comercial. Comercial, a palavra que o IESB mais entende.

Enfim, poucos souberam sobre o assunto da demissão em massa e nada deveria sair dos portões da instituição. O IESB vê os alunos como pequenos cofres de dinheiro. As cabeças que estão rolando não são somente do curso de Comunicação, pois, o Coordenador de Design de Interiores pediu demissão por este motivo...

Até o final do semestre estaremos entrando em uma crise silenciosa. Devemos por um fim ao corporativismo do IESB!