quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um tradutor para o Presidente?!

desculpem a demora em postar...
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O presidente da república Luis Inácio Lula da Silva possui, quando viaja ao exterior, um ótimo tradutor linguísta. Em suas conversas oficiais e suas explicações, às vezes contraditórias, está alí, para ajudá-lo, a figurinha do tradutor simultâneo - figurinha até bem conhecida nas convenções e reuniãos coletivas do Lula. Mas aqui dentro do país, onde ele não precisa de tradutor é que as coisas complicam. Quando Lula poem-se a falar, eis que solta algo difícil de se entender e que vira um bom "pano para manga" para os jornalistas de plantão.

Nesta terça-feira, no Rio, Lula disse que em vez de desonerar as empresas de impostos, prefere dar dinheiro para a população comprar.

Parece até fácil de entender, parece, pois dar dinheiro aos pobres é algo que todos já sabem que o governo faz. Vide planos como Bolsa família e Bolsa Escola. Mas o que não dá para engolir é o que ele disse sobre o setor produtivo brasileiro. Desonerar não é preferível? Desde o começo desta crise, o que o governo fez foi reduzir impostos para automóveis, máquina de lavar e geladeira, material de construção. Além disso, o governo prepara agora um pacote para redução de impostos sobre a compra de máquinas e equipamentos.

É como se as decisões presidenciais estivesses sido terceirizadas ou postas em locais bem distantes e sem comunicação uns com os outros. O presidente deve entender que estas decisões são dele, mesmo vindo de baixo - de forma hierarquica - é ele que decide. É bom que haja incentivo para alguns setores, principalmente os que geram mais emprego. Mas o caminho seria deixar mais dinheiro na mão das pessoas, sejam pobres ou classe média. E isso seria feito com a redução de impostos de uma forma geral. Tudo bem se o governo estiver fazendo-o com "passos de formiga" - o que é de praxe - mas que faça.

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