terça-feira, 9 de junho de 2009

Nelson Jobim rebate críticas sobre caso da Air France




Agência estado
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reagiu hoje às críticas de que teria se precipitado ao relacionar os primeiros objetos encontrados no mar na busca ao Airbus da Air France a destroços da aeronave que desapareceu na rota Rio-Paris no dia 1º. Um dia após o ministro ter feito a declaração, a Aeronáutica o desmentiu, apontando que as peças eram de madeira e não poderiam pertencer ao avião. Jobim negou ter errado, argumentando que se referia a uma trilha de destroços que eram do Airbus e que depois se dissiparam no mar.

"Tenho costas de crocodilo e arrogância de gaúcho", disse, ao ser questionado sobre as críticas, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. "Acho absolutamente irrelevante o que foi dito pela imprensa francesa porque, na verdade, os destroços eram do próprio avião." O ministro disse ter optado por falar sobre os destroços para aliviar a angústia das famílias das vítimas do acidente.


Air France já teve problemas com sensores de velocidade

Pelo menos dois aviões Airbus da Air France já sofreram falhas nos sensores que medem a velocidade da aeronave, os tubos de pitot, responsáveis por orientar o sistema eletrônico de navegação. Os incidentes, cuja data exata é desconhecida, ocorreram há no máximo 11 anos e foram registrados em voos para Tóquio, no Japão, e Nova York, nos Estados Unidos, em aviões A340 - similares ao aparelho que realizava o voo AF 447 entre o Rio de Janeiro e Paris. A eventual falha

Os dois incidentes foram relatados por tripulações da Air France em Air Safety Reports (ASR), o documento que registra o relatório de eventos anormais em voos comerciais. Não foi possível o acesso às datas nas quais os incidentes aconteceram. O primeiro diz respeito a um Airbus A340, de matrícula F-GLZL, posto em serviço em 1998, que fazia a rota entre Tóquio e Paris. De acordo com o ASR, o avião sofreu "perda de indicações anemométricas", causando queda brusca de altitude. No painel do piloto, um alarme com as inscrições NAV ISA Discrepancy foi acionado, indicando a divergência dos sensores de velocidade.

A falha causou a desconexão do piloto automático e panes no sistema Fly by Wire e Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) - a exemplo do que aconteceu com o voo AF447. Para contornar a falha, a tripulação ativou o sistema de descongelamento dos pitots, que até então estava em posição automática. Com a medida, os indicadores de velocidade progressivamente retomaram a coerência nas aferições, possibilitando à tripulação seguir voo até seu destino.

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