quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sarney está acima da Lei

Depois da nomeação da sobrinha, e do caso da fundação inesistente, Sarney não opina sobre atual ilícito feito pelo filho.


"Pop pai e pop filho"
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Após reportagem publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" nesta quarta, revelando a prática de nepotismo da família Sarney no Senado, o advogado de Fernando Sarney - Filho de José Sarney (PMDB - AP) - Eduardo Ferrão condenou como "conduta criminosa" o vazamento de informações do inquérito da operação Boi Barrica à mídia. As ações da PF estão tramitando sob segredo de justiça.

Ontem (22 de julho), o Jornal Nacional (GLOBO) mostrou pedaços da conversa de Fernando com a filha, Maria Beatriz Sarney, dizendo que mandou Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, reservar uma vaga para o namorado de Maria, Henrique Dias Bernardes. Em conversa com o filho, alvo da investigação, Sarney caiu na interceptação. Segundo a gravação, o senador se comprometeria a falar com Agaciel para estabelecer a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto, segundo a publicação.

Em defesa, Eduardo Ferrão diz que as gravações reveladas pela mídia são informações "mutiladas" de trechos de longas conversas telefônicas mantidas entre familiares, as quais não revelam a prática de qualquer ato ilícito. "O Inquérito, do qual foram retirados os diálogos divulgados pela imprensa, tramita sob segredo de justiça por força de lei, cuja inobservância, esta sim, constitui conduta criminosa", defende Ferrão.

Boi Barrica

A operação que investiga Fernando Sarney tem base nas denúncias feitas no último dia 15 pela PF do Maranhão. O filho de Sarney foi acusado pelos crimes de formação de quadrilha, instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O empresário é apontado ainda, nas investigações, como chefe de um grupo acusado de ter forte influência política e, com isso, conseguir direcionar licitações e também desviar dinheiro. Em depoimento, ele negou todas as acusações, é claro.


Consequências

Ainda nesta quarta, o senador Critovam Buarque (PDT-DF) disse que vai pedir uma convocação de emergência do Conselho de Ética do Senado para analisar as novas denúncias contra o presidente da casa Sarney Pai.

Foi revelado também, que nesta quarta, o Ministério Público Federal no DF pediu a quebra de sigilo bancário de Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi, envolvidos com a publicação dos atos secretos.

Integrante do grupo de parlamentares que defende a saída do PMDBista do comando do Senado, Cristovam Buarque disse que vai falar com o senador Pedro Simon (PMDB-RS) para formalizar, hoje, o pedido de reunião de emergência ao presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ).

Cristovam faz parte de uma seleta comissão de oito senadores - aqueles poucos que ainda se salvam - que permanecem em regime de plantão durante o recesso do legislativo. A reunião de urgência convocada do Conselho de Ética não está prevista no Regimento da Casa - para variar.

O senador afirmou ainda que esta nova evidência de abuso de poder de Sarney estaria deixando "mais próxima" a possibilidade de abertura de um processo de cassação contra o presidente da Casa. Para Cristovam, a idéia de que o recesso abrandaria a pressão sobre o presidente do Senado caiu por água abaixo. "Deixamos uma casa pegando fogo, e esse fogo só aumenta", avalia.


Apesar da obrigação do presidente do conselho, Paulo Duque, de fazer a abertura de investigação sobre o caso, provavelmente nada será feito. Em nenhum lugar do mundo o acusado de algo é também o juiz que sentenciará. É errôneo, mas acontece. O Conselho de Ética é composto de 15 membros. Na composição atual, a base do governo tem dez cadeiras. A oposição conta somente com cinco. Mesmo assim isso não impede de Sarney chafurdar nas merdas do Senado.

Sarney

E já é difícil a situação de José Sarney no comando do Senado agora, com a divulgação do áudio de conversas familiares onde o assunto era a nomeação do namorado da neta dele para um cargo de confiança na presidência do Senado - feito por um ato secreto - não é o "fim da picada", pois o fim já se passou. Agora é a "morte da abelha"... [risos]

Antes do recesso parlamentar, Sarney vinha evitando presidir as sessões do Senado para não ouvir de colegas, o afastamento do cargo - como fez Pedro Simon - que "pediu pra sair". Para alguns senadores, o noticiário indica que o constrangimento vai persistir e que outros devem repetir Simon - mas Sarney não. Sarney é mais forte que a própria Lei.

Antes, defendido por Lula - que admitiu que está pagando um preço alto por isso - Sarney ainda possui muitos cachorrinhos no PMDB, que não esquecem a conta que é feita pelo senador Romero Jucá indicando que ele tem o apoio de 45 senadores da BASE.

Como dizem as boas línguas, "este é um país de proporções geométricas". Sim. Um país com problemas angulares, discutido em mesas redondas e administrados por bestas quadradas. Mas desde antigamente - vide Senadores Biônicos - as administrações públicas eram manejadas com competência. Pois, eles foram tão competentes em sumir com a Ética, que até hoje estão procurando por ela.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Britânicos disponibilizam exemplar mais antigo da Bíblia



O Codex Sinaiticus foi escrito no século 4 e agora, foi restaurado e disponibilizado na internet.
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Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia - que pode ser visto pelo público - foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, estará acessível a partir desta semana (quinta-feira). Partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo Testamento - mais velho e mais completo - foram restaurados por especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia. Os textos poderão ser usados para futuras pesquisas científicas e religiosas. As imagens em alta resolução do Evangelho de Marcos, por exemplo, e diversos outros livros do velho testamento estarão disponíveis em http://www.codex-sinaiticus.net/.

Segundo Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica de Londres diz que o Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo. "Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do cristianismo, e se trata de uma evidência em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração", diz.

Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha. Estudiosos apostam que o documento tenha resistido ao tempo porque oa r do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todo esse tempo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ônibus em Brasília não respeita sinalização





Original - do Correio


Como se não bastasse os ônibus velhos e semi-sucateados da Viplan e outras empresas de transporte público, o atraso e o descumprimento de intinerários, os motoristas são flagrados em infrações de todo o tipo. Os condutores de ônibus - responsáveis também pelas segurança dos que transportam - diariamente são pegos pela fiscalização descumprindo algum artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Cerca de 43 veículos são multados em fiscalizações diárias no Distrito Federal. Das 8.320 multas aplicadas este anos, 3.297 foram por excesso de velocidade e outras 3.027, por avançar o sinal vermelho.

Deu no Correio, que o Departamento de Trânsito (Detran) do DF possui registro de mais de 2.500 ônibus de transporte público. Contudo, ninguém do Correio conseguiu obter acesso detalhado do número de multas aplicadas para estes veículos.

É só sair às ruas que qualquer um pode observar as infrações cometidas por ônibus público. No centro da Ceilândia, por exemplo, os "coletivos" furam o sinal vermelho e param sobre a faixa de pedestre. Em muitas paradas da cidade - e também em outras como Taguatinga - é comum que os motoristas ignorem o recuo destinado ao embarque e desembarque de passageiros, obrigando os outros carros a frear ou desviar.

Esse tipo de caso ocorre quando o ônibus consegue parar no ponto, pois, é comum que as "paradas" não tenham recuo ou então as baias destinadas aos ônibus são muito curtas - cabendo no máximo somente dois veículos. Os ônibus que chegam depois, ficam no meio da rua e, enquanto passageiros correm para não perder a condução, outros ônibus nem param.

Excesso de velocidade também é frequente. incomodada, a diarista Rosenilda Reis já caiu dentro do ônibus com o filho de dois meses no colo. "bati com a cabeça na roleta e as costas no chão. Senti tanta dor que achei que fosse morrer. Meu filho, hoje com cinco anos, teve um corte na perna. Fiquei indignada. O pior é que continua tudo igual", lamenta.

No início do mês, a estudante Amanda Souza também se feriu em um acidente provocado por ônibus. Segundo ela, o coletivo estava parado e saiu em de repente com muita velocidade. A motorista do pálio, que vinha atrás, teve que frear bruscamente. "Meu namorado e eu estávamos atrás do pálio, de moto. Ele não conseguiu para e bateu na traseira", diz.

A defesa

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Wagner Canhedo Filho, em entrevista, muda o assunto e acusa o GDF de promover a indústria das multas. Cita como exemplo as multas por excesso de velocidade, que, "ocorrem em função dos diferentes limites de velocidade em uma mesma via". "É humanamente impossível uma pessoa não ser multada em Brasília por conta disso", completa.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório da Silva, ameniza a responsabilidade dos motoristas nos acidentes e infrações de trânsito. "Em muitos casos, o radar está mal posicionado, por exemplo, os pardais do Eixo Monumental, perto do Tribunal de Justiça do DF. O pardal fica em cima do ponto de ônibus. O semáforo está verde e o motorista vive a angústia de passar e ficar parado no meio do cruzamento aguardando o ônibus sair da parada para terminar de chegar. Se nesse intervalo, fica vermelho, é como se ele tivesse furado o sinal", exemplifica.

Mas o que Osório se equivoca é que, neste ponto, o semáforo fica alguns metros antes do ponto de ônibus, e, a fiscalização eletrônica fica um pouco antes da parada. O que é normal. O problema é que lá não tem o recuo que deveria existir para o embarque e desembarque. Não há "radar mal posicionado". Simplesmente, o motorista deve obedecer a sinalização, como sugestiona as placas de trânsito ao longo das vias.

Em 2008, os coletivos se envolveram em 704 acidentes graves. O saldo foi de 1.013 feridos e 50 mortos. Para cada grupo de mil coletivos, ocorreram 6,5 acidentes fatais, um aumento de 18,1% em relação a 2007. Segundo o Correio Braziliense, o npumero de percentual absoluto de mortos em acidentes envolvendo ônibus público é 28% maior que o mesmo período de 2007 e, o de feridos, 11,3%.

Segundo o diretor técnico do Departamento de Transportes Urbanos de Brasília (DFTrans), Cristiano Dalton Mendes Tavares, diz que o aumento dos acidentes fatais e das infrações cometidas revelam que o motorista de ônibus está mais imprudente. "Avanço de sinal, excesso de velocidade, parar sobre a faixa, não usar o cinto de segurança são infrações que dependem exclusivamente da consciência e prudência do condutor", avalia.

Agora, o GDF conseguiu um empréstimo bilionário do Banco Mundial (Bird) e finalmente - não desmerecendo a competência do atual governo - poderá concertar o que a administração Roriziana fez. O governo está investindo em parcerias para promover cursos de reciclagem do condutor. Espera, com isso, que o cidadão seja melhor tratado. Além disso, as câmaras de segurança - que evitarão assaltos também - servirão também para que o governo monitore as atitudes do motorista. Em 60 dias, o contrato com a empresa que vai fornecer os equipamentos deve ser assinado.


devemos esperar

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Lula provoca bico no Senado



Desculpem, mas estava um pouco gripado - nada de Suína...
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Observando a bagunça debaixo do tapete da Câmara e do Senado - como de praxe neste blog - fiquei atarantado com as situações. Primeiro foi o Conselho de Ética da Câmara - ou antiética, se preferirem, pois dá no mesmo - que absorveu definitivamente o Deputado Edmar Moreira, o famoso deputado do castelo de Minas Gerais. Depois foi vez do outro conselho, este sim, sem ética alguma, do Senado. Com a assinatura do PMSB o Senador Paulo Duque, do Rio de janeiro, foi eleito presidente. Duque ainda engatinha no Senado e o pior - é PMDbista. Outra coisa importante que aconteceu é que Sergio Cabral, suplente do atual governador do Rio de Janeiro, terá a responsabilidade de se pronunciar sobre as denúncias contra o Presidente da casa, José Sarney.

"Eu pretendo ler o relatório, continuar lendo os jornais e até mesmo ir ao Maranhão para conhecer essa fundaçaõ, que ninguém conhece", disse o senador sobre o caso da Fundação Sarney. Para acalmar a maré, o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás fala sobre possível recurso no Pelenário e no STF. "Se ele mandar arquivar vai se comportar como tropa de choque, nós vamos recorrer para cá e se for o caso, vamos recorrer até o Plenário e até ao Supremo Tribunal Federal".

Quando tudo parecia estar bem - ou mal - resolvido, uma frase do presidente da República voltou a deixar a oposição de bico. Após um evento em brasília, um repórter perguntou se a CPI da Petrobrás, onde a base do governo tem a presidência e a relatoria, terminaria em pizza com sabor de pré-sal. "Enquanto a oposição grita, eu, trabalho. Todos eles são bons pizzaiolos" respondeu Lula.

A carapuça, dada de bandeija, fez ouriçar o Senado. "Não está no script ficar aturando insulto de quem que seja, ainda que venha do Presidente da República", afirmou o senador Arthur Virgílio (PSDB/AM). E a situação não ficou por isso.. A oposição continuou de expondo. "Daqui a pouco fica o 'dito pelo não dito' e o Senado fica perdendo seu tempo em estar retaliando o Presidente desnecessariamente", diz o senador Almeida Lima, PMDB de Sergipe.

A carapuça de Lula não foi tão infeliz assim. Demostra que o Senado está cada vez mais cismático e cada vez mais cambaleante. O Conselho de Ética está formado, em sua maioria, por raposas velhas rorizianas e o Senado já está tão pode que fede a falcatruas lá na Suíça. Livrar a cara de pessoas que desviam dinheiro público é possível - lógico - se o próprio Sarney, Presidente do Senado faz a mesma coisa. Daqui a pouco, os senadores usarão boletim secretos para nomear parentes - como fez Sarney com sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges.

Os senadores e deputados com "rabo preso" estão ficando cada vez mais inconspícuos e unidos. Essa história caminha para um ápice onde os vilões acabam com as esperanças dos mocinhos - nós, no caso - e destroem toda a capacidade de uma reviravolta da trama e, o pior é que - os escritores são eles.




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Chavinismo ou Ditadura?


observando os assuntos noticiosos...
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, soutou uma frase neste domingo (28) na reunião de urgência da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). Ao falar
sobre a crise do ex-atual-presidente hondurenho Manuel Zelaya, Chávez disse que fará o que "tiver que fazer" para restituir o presidente no poder, porque "não vai permitir mais gorilas neste continente". Ora. Falou o Godzilla rabugento.

Vários países estão apoiando a volta do presidente e contra a retirada forçada do poder pelos militares. A última do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto diz que o golpe militar é um precedente perigoso. "Não aceitamos a volta dos golpes na América Latina", disse Lula em viagem à Libía. "Tivemos a experiência dos golpes militares durante os anos de 1960 do século passado", relembra.

A França convocou para consultas seu embaixador em Honduras, pouco depois de a Espanha ter anunciado o mesmo ato, como demonstração de repúdio ao golpe militar. O chanceler francês Bernard Kouchner disse, no último domingo que condena a derrubada do presidente e por isso convocou o embaixador para retornar ao país. "A decião foi adotada em relação com os interlocutores europeus da França presentes em Honduras. O futuro de Honduras e desta região é indissociável da democracia", completou.

A Organizaçaõ dos Estados Americanos (OEA) disse estar preocupada com as consequências que um enfrentamento entre diferentes poderes poderiaa ter sobre "o processo político institucionaç democrático e o exercício legítimo do poder".

Ja os Estados Unidos condenou o golpe de Estado em Honduras e disse que a deposição do presidente é ilegal. As declarações de Obama foram feitas em Washington após uma reunião com o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe. O presidente americano afirmou ainda que trabalhará com a OEA para restituir o presidente.

Lá onde está acontecendo tudo, o governo interino de Honduras - instalado após o golpe - buscou nesta quarta-feira ganhar legitimidade e afirmou que o presidente deposto não voltará ao poder se retornar ao país. Enrique Orlez, ministro das Relações Exteriores dos militares - que assumiu logo depois do golpe - disse à Reuters que Zelaya será detido mesmo se voltar a Honduras acompanhado de líderes latino-americanos.

O problema

A crise política em Honduras tem origem em um enfrentamento entre Zelaya e os Poderes do país -Congresso, Judiciário e Exército - depois que o mandatário propos uma consulta sobre um plebiscito sobre uma possível mudança na Constituição do País. O plebiscito proposto por Zelaya questionaria se a população seria favorável ou contrária à convocação de uma assembléia para reformar a Constituição Eleitoral e instituir o estatuto de reeleição - atualmente proibida no país.

O tema logo caiu nos ouvidos de Chávez - que ficou muito feliz com o caso - assinalou que as ações a serem tomadas serão "para que se respeitem os direitos humanos, a vida do povo hondurenho e para evitar uma tragédia" nesse país centro-americano.

Agora entenda. Ou o país entra em um estado de ditadura militar - coisa já ultrapassada, que não deu certo em lugar nenhum e que é totalmente repudiada - ou entrega o país ao governo Chavinista que faz um presidente se transformar em Rei e governar com mão de ferro um país molestado pelos guerrilheiros e crises de países vizinhos.

Esquecem dos problemas reais que começaram a crise instalada por Zelaya e fica neste "apoio" pela democracia - pois - no momento que Zelaya voltar à presidencia, logo tentará criar um plebiscito novo, tal qual em outros países Chavinistas das americas. E o pior é que os outros países não podem ficar de fora deste acontecimento porque se não a mídia rotula-os como "centristas".

A pesar de Zelaya negar que quer se reeleger, Hugo Chavez está sapateando em Miraflores esperando que Honduras se torne mais um país apoiando as loucuras de uma política, antes considerada Fidelista (a de Fidel Castro), agora chamada de Chavinista. Mas vamos lá, apoiem a volta de um presidente suspeito - isso só vai dar pano-para-manga e mais audiência para Bonner.


Solta o verbo


Este texto foi retirado de um Blog (com letra maiúscula mesmo) de uma amiga minha. Não é para puxar-o-saco de ninguem, mas isso me pareceu bem pertinente à opinião pública.

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O que esperar de um jornalista?


Venho mais uma vez expôr como é torta a profissão que escolhi e como são tortos tantos colegas. Nem sei por que ainda insisto em bater nessa tecla, nem sei por que ainda insisto nesse ofício que mal comecei. Quando mudei de curso achei ter descoberto minha vocação. Falar sobre gente, falar sobre seus dramas, falar sobre a realidade que é crua mas tem exemplos válidos. Falar sobre aqueles que não têm quem fale por eles. Por isso fui até os Avá-Canoeiros, no norte de Goiás. Por isso, desde antes, tenho andado e venho andando.Mas são situações como a de hoje que me tiram o sono, que me deixam amendrontada com tão negativo aspecto de ser jornalista.


Nesta fatídica terça-feira, tive uma amiga jornalista, recém-formada como eu, acusada de plágio. Não só acusada. Seu nome rodou sites, portais e todo o boca-a-boca virtual possível.Seu twitter, orkut e flog foram hackeados ou suspensos. E com raríssimas exceções encontrei análises coerentes sobre o acontecido. Na grande maioria de palpiteiros, fiscais e juízes donos da verdade, ou melhor dizendo, na grande maioria, os colegas achincalharam-na. Pediram sua cabeça. Rogaram infortúnios e desgraças à sua carreira. E fizeram toda sorte de comentários maldosos que se pode imaginar.


Com uma feliz exceção, minha amiga e colega de profissão já foi julgada e condenada ao Hades pelo Supremo Tribunal dos Jornalistas do Diploma de Um Vintém. Ninguém se perguntou como esses plágios foram feitos, como foram possíveis? Ninguém se pronunciou sequer sobre o jornal em que ela trabalha, também citado nas matérias.


Pergunto sem mais delongas: um jornalista, principalmente recém-formado, sem nome tem o quê? Plágio é coisa séria. Seríssima. É crime. E deve ser tratado como tal. Mas que coloquemos os pingos nos is. Quem apurou se foi ela quem fez? O nome dela consta em vários lugares, mas vamos ser francos, como um chefe em sã consciência deixaria o mesmo “erro” passar tantas e tantas vezes? Sejamos mais francos ainda, quem aqui jamais presenciou uma típica cena de “copie, altere um bocado e cole” em uma redação? (Sei que falo para muitos comunicólogos). Pelo que posso imaginar, ao que tudo indica, nunca vi jornalista, que era estagiária até seis meses atrás, assumir sozinha uma editoria sem que o chefe não dê o crivo final, ali, edição a edição. Chefe é famoso por dizer o que entra, o que sai, o que fica, como fica.


Preciso dizer que o jornal em que ela trabalha tem fins políticos? Que ou é “da situação” ou é “da oposição” - maniqueísta assim? Como muitas redações pelo Brasil, costuma atrasar salários e enxugar o número de profissionais, incentivando aquele moderno status do “jornalista multimídia”, ou em outras palavras, aquele que “canta, dança, sapateia e faz piada”.


Essa amiga jornalista sempre quis cobrir cultura. Desde que a conheço investe em conhecimento na área, consome discos, livros, conteúdo. Viaja para festivais e eventos, tantas vezes arcando do próprio bolso. Seria numa cidade grande, uma daquelas blogueiras referenciais sobre o último disco de fulano ou o próximo filme de cicrano.


Mas ela mora em um estado noviço demais. Estado que abandonei quando vi que pouco teríamos a nos oferecer um ao outro. Guardo uma nostalgia e ostento minha torcida por um futuro melhor, mas confesso que em momentos como esse me vem um triste desencanto e relembro o motivo de escolher acompanhá-lo à distância.

Já falei dele em outros posts, em outras freguesias, mas não custa lembrar sobre a sua incipiência. Tenho muitos amigos jornalistas recém-formados por lá que ou estão trabalhando em outra área, ou continuam em seus empregos. Com um baixo número de jornais e assessorias e com todos servindo aos meus interesses políticos, a liberdade e autonomia jornalística passam léguas e léguas de distância.


O jornal em que minha amiga trabalha e onde fazia o caderno de cultura, teve vários e vários plágios denunciados por um famoso portal de comunicadores. Embora a denúncia tenha apontado as páginas de cultura, outras tantas editorias abusam do mesmo recurso, o “copia e cola” de sites e blogs da internet. Procurados pelos sites e blogs plagiados, um editor-chefe alegou vários motivos para o descabido erro. “A jornalista é iniciante”, ”os chefes não sabiam”, ”isso jamais aconteceu”, “será feita retratação” e tal e tal e tal. Ela aparece pedindo desculpas e dizendo que se enganou. Não fala muito mais do que isso, mas todos sabemos como se tratam os “cafés pequenos”.


Atendendo a pedidos, ela provavelmente será substituída. Guardará em silêncio toda essa penúria enquanto tentará encontrar algo para continuar fazendo. O jornal, bem, esse será só mais um escândalo, mais um mal bocado. Vão-se os jornalistas, ficam os plágios?!


Plágio é crime e talvez renda processo. Para o jornal, não sei o quanto a credibilidade ficará abalada. Mas para a jornalista? Com o nome enlameado nas ruas da Medina? Não sei. Obviamente, os nobres colegas tampouco sabem, mas essa parece ser a lei do mais forte e do mais esperto. Ruim é pensar que agora, sem a exigência do diploma, a situação tende a piorar. Se antes, qualquer jornaleco de político tinha que colocar pelo menos um jornalista no meio de uma pilha de estagiários, agora nem isso, nem estagiários e nem jornalista, só “as forças políticas”.E os jornalistas o que fizeram? Como era de se esperar para a polícia social, que não só denuncia, como julga e setencia, a classe não fez nada. Alguns revoltosos, metidos a corporativismo e coleguismo se puseram a marchar e levantar a voz contra a decisão do Supremo, mas meia dúzia de andorinhas ainda não pode fazer verão. Já meia dúzia de urubus? Chafurdam bonito sobre o defunto.


Acho tão raro de se ver um profissional de outra área falando mal abertamente de um colega. Seja ele taxista, professor ou médico. E se o faz, presumo que seja por bom senso, por parcimônia, por saber que esse mundo gira e qualquer um está sujeito ao erro, infelizmente. Mas os jornalistas devem ser seres superiores e perfeitos.

Infelizmente, não sei a quê se deve essa mentalidade de “tubarão na caça”, mas sinceramente, muito me desaponta. Poderia citar muitas exceções, felizmente. Inclusive tenho convivido com jornalistas de alto quilate, de generosidade e competência. Aliás, peço perdão a eles por chamar aos outros, contra quem dirijo meu lamento, de jornalistas. Vocês sim, são jornalistas. Esses outros? O que são? Não sei.


Reparem que não estou minimizando o crime de plágio. Mas critico mais uma vez à categoria.Aos jornalistas, esses que senhores da verdade, são tão rápidos em criticar, em apontar o dedo em riste, em condenar, em setenciar… Mas são tão lentos, tão lentíssimos em buscar compreender melhor criticamente quem são todos os elementos da situação apontada. E mais lentos ainda em se unir e buscar melhores condições de trabalho. Condições mais dignas, mais éticas e mais corretas para todos.