quinta-feira, 23 de julho de 2009
Sarney está acima da Lei
terça-feira, 21 de julho de 2009
Britânicos disponibilizam exemplar mais antigo da Bíblia
O Codex Sinaiticus foi escrito no século 4 e agora, foi restaurado e disponibilizado na internet.
___________________
Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia - que pode ser visto pelo público - foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, estará acessível a partir desta semana (quinta-feira). Partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo Testamento - mais velho e mais completo - foram restaurados por especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia. Os textos poderão ser usados para futuras pesquisas científicas e religiosas. As imagens em alta resolução do Evangelho de Marcos, por exemplo, e diversos outros livros do velho testamento estarão disponíveis em http://www.codex-sinaiticus.net/.
Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha. Estudiosos apostam que o documento tenha resistido ao tempo porque oa r do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todo esse tempo.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Ônibus em Brasília não respeita sinalização
Como se não bastasse os ônibus velhos e semi-sucateados da Viplan e outras empresas de transporte público, o atraso e o descumprimento de intinerários, os motoristas são flagrados em infrações de todo o tipo. Os condutores de ônibus - responsáveis também pelas segurança dos que transportam - diariamente são pegos pela fiscalização descumprindo algum artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Cerca de 43 veículos são multados em fiscalizações diárias no Distrito Federal. Das 8.320 multas aplicadas este anos, 3.297 foram por excesso de velocidade e outras 3.027, por avançar o sinal vermelho.
Deu no Correio, que o Departamento de Trânsito (Detran) do DF possui registro de mais de 2.500 ônibus de transporte público. Contudo, ninguém do Correio conseguiu obter acesso detalhado do número de multas aplicadas para estes veículos.
É só sair às ruas que qualquer um pode observar as infrações cometidas por ônibus público. No centro da Ceilândia, por exemplo, os "coletivos" furam o sinal vermelho e param sobre a faixa de pedestre. Em muitas paradas da cidade - e também em outras como Taguatinga - é comum que os motoristas ignorem o recuo destinado ao embarque e desembarque de passageiros, obrigando os outros carros a frear ou desviar.
Esse tipo de caso ocorre quando o ônibus consegue parar no ponto, pois, é comum que as "paradas" não tenham recuo ou então as baias destinadas aos ônibus são muito curtas - cabendo no máximo somente dois veículos. Os ônibus que chegam depois, ficam no meio da rua e, enquanto passageiros correm para não perder a condução, outros ônibus nem param.
Excesso de velocidade também é frequente. incomodada, a diarista Rosenilda Reis já caiu dentro do ônibus com o filho de dois meses no colo. "bati com a cabeça na roleta e as costas no chão. Senti tanta dor que achei que fosse morrer. Meu filho, hoje com cinco anos, teve um corte na perna. Fiquei indignada. O pior é que continua tudo igual", lamenta.
No início do mês, a estudante Amanda Souza também se feriu em um acidente provocado por ônibus. Segundo ela, o coletivo estava parado e saiu em de repente com muita velocidade. A motorista do pálio, que vinha atrás, teve que frear bruscamente. "Meu namorado e eu estávamos atrás do pálio, de moto. Ele não conseguiu para e bateu na traseira", diz.
A defesa
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Wagner Canhedo Filho, em entrevista, muda o assunto e acusa o GDF de promover a indústria das multas. Cita como exemplo as multas por excesso de velocidade, que, "ocorrem em função dos diferentes limites de velocidade em uma mesma via". "É humanamente impossível uma pessoa não ser multada em Brasília por conta disso", completa.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório da Silva, ameniza a responsabilidade dos motoristas nos acidentes e infrações de trânsito. "Em muitos casos, o radar está mal posicionado, por exemplo, os pardais do Eixo Monumental, perto do Tribunal de Justiça do DF. O pardal fica em cima do ponto de ônibus. O semáforo está verde e o motorista vive a angústia de passar e ficar parado no meio do cruzamento aguardando o ônibus sair da parada para terminar de chegar. Se nesse intervalo, fica vermelho, é como se ele tivesse furado o sinal", exemplifica.
Em 2008, os coletivos se envolveram em 704 acidentes graves. O saldo foi de 1.013 feridos e 50 mortos. Para cada grupo de mil coletivos, ocorreram 6,5 acidentes fatais, um aumento de 18,1% em relação a 2007. Segundo o Correio Braziliense, o npumero de percentual absoluto de mortos em acidentes envolvendo ônibus público é 28% maior que o mesmo período de 2007 e, o de feridos, 11,3%.
Segundo o diretor técnico do Departamento de Transportes Urbanos de Brasília (DFTrans), Cristiano Dalton Mendes Tavares, diz que o aumento dos acidentes fatais e das infrações cometidas revelam que o motorista de ônibus está mais imprudente. "Avanço de sinal, excesso de velocidade, parar sobre a faixa, não usar o cinto de segurança são infrações que dependem exclusivamente da consciência e prudência do condutor", avalia.
Agora, o GDF conseguiu um empréstimo bilionário do Banco Mundial (Bird) e finalmente - não desmerecendo a competência do atual governo - poderá concertar o que a administração Roriziana fez. O governo está investindo em parcerias para promover cursos de reciclagem do condutor. Espera, com isso, que o cidadão seja melhor tratado. Além disso, as câmaras de segurança - que evitarão assaltos também - servirão também para que o governo monitore as atitudes do motorista. Em 60 dias, o contrato com a empresa que vai fornecer os equipamentos deve ser assinado.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Lula provoca bico no Senado
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Chavinismo ou Ditadura?
Solta o verbo
____________________________
O que esperar de um jornalista?
Nesta fatídica terça-feira, tive uma amiga jornalista, recém-formada como eu, acusada de plágio. Não só acusada. Seu nome rodou sites, portais e todo o boca-a-boca virtual possível.Seu twitter, orkut e flog foram hackeados ou suspensos. E com raríssimas exceções encontrei análises coerentes sobre o acontecido. Na grande maioria de palpiteiros, fiscais e juízes donos da verdade, ou melhor dizendo, na grande maioria, os colegas achincalharam-na. Pediram sua cabeça. Rogaram infortúnios e desgraças à sua carreira. E fizeram toda sorte de comentários maldosos que se pode imaginar.
Com uma feliz exceção, minha amiga e colega de profissão já foi julgada e condenada ao Hades pelo Supremo Tribunal dos Jornalistas do Diploma de Um Vintém. Ninguém se perguntou como esses plágios foram feitos, como foram possíveis? Ninguém se pronunciou sequer sobre o jornal em que ela trabalha, também citado nas matérias.
Pergunto sem mais delongas: um jornalista, principalmente recém-formado, sem nome tem o quê? Plágio é coisa séria. Seríssima. É crime. E deve ser tratado como tal. Mas que coloquemos os pingos nos is. Quem apurou se foi ela quem fez? O nome dela consta em vários lugares, mas vamos ser francos, como um chefe em sã consciência deixaria o mesmo “erro” passar tantas e tantas vezes? Sejamos mais francos ainda, quem aqui jamais presenciou uma típica cena de “copie, altere um bocado e cole” em uma redação? (Sei que falo para muitos comunicólogos). Pelo que posso imaginar, ao que tudo indica, nunca vi jornalista, que era estagiária até seis meses atrás, assumir sozinha uma editoria sem que o chefe não dê o crivo final, ali, edição a edição. Chefe é famoso por dizer o que entra, o que sai, o que fica, como fica.
Preciso dizer que o jornal em que ela trabalha tem fins políticos? Que ou é “da situação” ou é “da oposição” - maniqueísta assim? Como muitas redações pelo Brasil, costuma atrasar salários e enxugar o número de profissionais, incentivando aquele moderno status do “jornalista multimídia”, ou em outras palavras, aquele que “canta, dança, sapateia e faz piada”.
Essa amiga jornalista sempre quis cobrir cultura. Desde que a conheço investe em conhecimento na área, consome discos, livros, conteúdo. Viaja para festivais e eventos, tantas vezes arcando do próprio bolso. Seria numa cidade grande, uma daquelas blogueiras referenciais sobre o último disco de fulano ou o próximo filme de cicrano.
Mas ela mora em um estado noviço demais. Estado que abandonei quando vi que pouco teríamos a nos oferecer um ao outro. Guardo uma nostalgia e ostento minha torcida por um futuro melhor, mas confesso que em momentos como esse me vem um triste desencanto e relembro o motivo de escolher acompanhá-lo à distância.
Já falei dele em outros posts, em outras freguesias, mas não custa lembrar sobre a sua incipiência. Tenho muitos amigos jornalistas recém-formados por lá que ou estão trabalhando em outra área, ou continuam em seus empregos. Com um baixo número de jornais e assessorias e com todos servindo aos meus interesses políticos, a liberdade e autonomia jornalística passam léguas e léguas de distância.
O jornal em que minha amiga trabalha e onde fazia o caderno de cultura, teve vários e vários plágios denunciados por um famoso portal de comunicadores. Embora a denúncia tenha apontado as páginas de cultura, outras tantas editorias abusam do mesmo recurso, o “copia e cola” de sites e blogs da internet. Procurados pelos sites e blogs plagiados, um editor-chefe alegou vários motivos para o descabido erro. “A jornalista é iniciante”, ”os chefes não sabiam”, ”isso jamais aconteceu”, “será feita retratação” e tal e tal e tal. Ela aparece pedindo desculpas e dizendo que se enganou. Não fala muito mais do que isso, mas todos sabemos como se tratam os “cafés pequenos”.
Atendendo a pedidos, ela provavelmente será substituída. Guardará em silêncio toda essa penúria enquanto tentará encontrar algo para continuar fazendo. O jornal, bem, esse será só mais um escândalo, mais um mal bocado. Vão-se os jornalistas, ficam os plágios?!
Plágio é crime e talvez renda processo. Para o jornal, não sei o quanto a credibilidade ficará abalada. Mas para a jornalista? Com o nome enlameado nas ruas da Medina? Não sei. Obviamente, os nobres colegas tampouco sabem, mas essa parece ser a lei do mais forte e do mais esperto. Ruim é pensar que agora, sem a exigência do diploma, a situação tende a piorar. Se antes, qualquer jornaleco de político tinha que colocar pelo menos um jornalista no meio de uma pilha de estagiários, agora nem isso, nem estagiários e nem jornalista, só “as forças políticas”.E os jornalistas o que fizeram? Como era de se esperar para a polícia social, que não só denuncia, como julga e setencia, a classe não fez nada. Alguns revoltosos, metidos a corporativismo e coleguismo se puseram a marchar e levantar a voz contra a decisão do Supremo, mas meia dúzia de andorinhas ainda não pode fazer verão. Já meia dúzia de urubus? Chafurdam bonito sobre o defunto.
Acho tão raro de se ver um profissional de outra área falando mal abertamente de um colega. Seja ele taxista, professor ou médico. E se o faz, presumo que seja por bom senso, por parcimônia, por saber que esse mundo gira e qualquer um está sujeito ao erro, infelizmente. Mas os jornalistas devem ser seres superiores e perfeitos.
Infelizmente, não sei a quê se deve essa mentalidade de “tubarão na caça”, mas sinceramente, muito me desaponta. Poderia citar muitas exceções, felizmente. Inclusive tenho convivido com jornalistas de alto quilate, de generosidade e competência. Aliás, peço perdão a eles por chamar aos outros, contra quem dirijo meu lamento, de jornalistas. Vocês sim, são jornalistas. Esses outros? O que são? Não sei.
Reparem que não estou minimizando o crime de plágio. Mas critico mais uma vez à categoria.Aos jornalistas, esses que senhores da verdade, são tão rápidos em criticar, em apontar o dedo em riste, em condenar, em setenciar… Mas são tão lentos, tão lentíssimos em buscar compreender melhor criticamente quem são todos os elementos da situação apontada. E mais lentos ainda em se unir e buscar melhores condições de trabalho. Condições mais dignas, mais éticas e mais corretas para todos.