Original - do Correio
Como se não bastasse os ônibus velhos e semi-sucateados da Viplan e outras empresas de transporte público, o atraso e o descumprimento de intinerários, os motoristas são flagrados em infrações de todo o tipo. Os condutores de ônibus - responsáveis também pelas segurança dos que transportam - diariamente são pegos pela fiscalização descumprindo algum artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Cerca de 43 veículos são multados em fiscalizações diárias no Distrito Federal. Das 8.320 multas aplicadas este anos, 3.297 foram por excesso de velocidade e outras 3.027, por avançar o sinal vermelho.
Como se não bastasse os ônibus velhos e semi-sucateados da Viplan e outras empresas de transporte público, o atraso e o descumprimento de intinerários, os motoristas são flagrados em infrações de todo o tipo. Os condutores de ônibus - responsáveis também pelas segurança dos que transportam - diariamente são pegos pela fiscalização descumprindo algum artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Cerca de 43 veículos são multados em fiscalizações diárias no Distrito Federal. Das 8.320 multas aplicadas este anos, 3.297 foram por excesso de velocidade e outras 3.027, por avançar o sinal vermelho.
Deu no Correio, que o Departamento de Trânsito (Detran) do DF possui registro de mais de 2.500 ônibus de transporte público. Contudo, ninguém do Correio conseguiu obter acesso detalhado do número de multas aplicadas para estes veículos.
É só sair às ruas que qualquer um pode observar as infrações cometidas por ônibus público. No centro da Ceilândia, por exemplo, os "coletivos" furam o sinal vermelho e param sobre a faixa de pedestre. Em muitas paradas da cidade - e também em outras como Taguatinga - é comum que os motoristas ignorem o recuo destinado ao embarque e desembarque de passageiros, obrigando os outros carros a frear ou desviar.
Esse tipo de caso ocorre quando o ônibus consegue parar no ponto, pois, é comum que as "paradas" não tenham recuo ou então as baias destinadas aos ônibus são muito curtas - cabendo no máximo somente dois veículos. Os ônibus que chegam depois, ficam no meio da rua e, enquanto passageiros correm para não perder a condução, outros ônibus nem param.
Excesso de velocidade também é frequente. incomodada, a diarista Rosenilda Reis já caiu dentro do ônibus com o filho de dois meses no colo. "bati com a cabeça na roleta e as costas no chão. Senti tanta dor que achei que fosse morrer. Meu filho, hoje com cinco anos, teve um corte na perna. Fiquei indignada. O pior é que continua tudo igual", lamenta.
No início do mês, a estudante Amanda Souza também se feriu em um acidente provocado por ônibus. Segundo ela, o coletivo estava parado e saiu em de repente com muita velocidade. A motorista do pálio, que vinha atrás, teve que frear bruscamente. "Meu namorado e eu estávamos atrás do pálio, de moto. Ele não conseguiu para e bateu na traseira", diz.
A defesa
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Wagner Canhedo Filho, em entrevista, muda o assunto e acusa o GDF de promover a indústria das multas. Cita como exemplo as multas por excesso de velocidade, que, "ocorrem em função dos diferentes limites de velocidade em uma mesma via". "É humanamente impossível uma pessoa não ser multada em Brasília por conta disso", completa.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório da Silva, ameniza a responsabilidade dos motoristas nos acidentes e infrações de trânsito. "Em muitos casos, o radar está mal posicionado, por exemplo, os pardais do Eixo Monumental, perto do Tribunal de Justiça do DF. O pardal fica em cima do ponto de ônibus. O semáforo está verde e o motorista vive a angústia de passar e ficar parado no meio do cruzamento aguardando o ônibus sair da parada para terminar de chegar. Se nesse intervalo, fica vermelho, é como se ele tivesse furado o sinal", exemplifica.
Mas o que Osório se equivoca é que, neste ponto, o semáforo fica alguns metros antes do ponto de ônibus, e, a fiscalização eletrônica fica um pouco antes da parada. O que é normal. O problema é que lá não tem o recuo que deveria existir para o embarque e desembarque. Não há "radar mal posicionado". Simplesmente, o motorista deve obedecer a sinalização, como sugestiona as placas de trânsito ao longo das vias.
Em 2008, os coletivos se envolveram em 704 acidentes graves. O saldo foi de 1.013 feridos e 50 mortos. Para cada grupo de mil coletivos, ocorreram 6,5 acidentes fatais, um aumento de 18,1% em relação a 2007. Segundo o Correio Braziliense, o npumero de percentual absoluto de mortos em acidentes envolvendo ônibus público é 28% maior que o mesmo período de 2007 e, o de feridos, 11,3%.
Segundo o diretor técnico do Departamento de Transportes Urbanos de Brasília (DFTrans), Cristiano Dalton Mendes Tavares, diz que o aumento dos acidentes fatais e das infrações cometidas revelam que o motorista de ônibus está mais imprudente. "Avanço de sinal, excesso de velocidade, parar sobre a faixa, não usar o cinto de segurança são infrações que dependem exclusivamente da consciência e prudência do condutor", avalia.
Agora, o GDF conseguiu um empréstimo bilionário do Banco Mundial (Bird) e finalmente - não desmerecendo a competência do atual governo - poderá concertar o que a administração Roriziana fez. O governo está investindo em parcerias para promover cursos de reciclagem do condutor. Espera, com isso, que o cidadão seja melhor tratado. Além disso, as câmaras de segurança - que evitarão assaltos também - servirão também para que o governo monitore as atitudes do motorista. Em 60 dias, o contrato com a empresa que vai fornecer os equipamentos deve ser assinado.
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