quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tem buracos na pista

Fotos: Vinícius Thompson
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Na época de chuva eles aparecem. Moradores e motoristas reclamam que os buracos invadiram as pistas em toda a cidade

Com as chuvas da estação, motoristas e pedestres da Ceilândia devem ter atenção redobrada, principalmente por causa dos buracos nas calçadas e vias da cidade. Na quadra QNM 8/6 o problema se agrava. Em todas as ruas da região os buracos aparecem e são motivo para reclamações de moradores e motoristas. “Eu não consigo entrar mais na minha casa de carro por causa do cratera em frente à garagem”, afirma Marlene Farias, 31 anos, que reclama do buraco de mais de um metro de comprimento na rua onde mora.

Nas quadras da QNM 4, 6 e 8, os moradores reclamam que não houve nenhuma reforma de asfalto em quase um ano. “Teve um carro que quase arrancou meu retrovisor para desviar de um buraco. Faz tempo que não vejo o governo tapar os buracos na pista e este ano não teve nenhum recapeamento ou reforma. Somente as vias principais estão com asfalto bom, mas mesmo assim, algumas já mostram ceder às chuvas”, conta Francisco Sousa Medeiros, 65 anos.

Na avenida paralela a estação do Metrô Ceilândia, os buracos fazem vítimas todos os dias. Arlindo Evandro Silva Moreira, 30 anos, conta que teve que jogar uma mistura de pedras, cimento e cascalho para amenizar o problema. “Os motoristas passavam muito rápido nas vias e nem percebem o perigo. Muitas vezes eu tive que ajudar alguém porque o carro ficou atolado ou a roda ficou empenada. O que eu fiz com alguns buracos aqui é pouco e logo vai sair com as chuvas, mas acho que a administração fará alguma coisa”, acredita.
Para a administração da Ceilândia, o problema pode ser totalmente revertido, mas as chuvas atrapalham o desempenho das obras. “Começamos com a operação tapa-buracos nas ruas principais da cidade, mas por enquanto os moradores precisam aguardar porque as chuvas estão atrapalhando e atrasando o mutirão que passará por todas as ruas da Ceilândia. Mas é confirmado que logo concluiremos tudo, desde as ruas principais até as ruas adjacentes”, afirma.

O profissional de obras Brandino Pursino Pereira, 67 anos, explica que a tentativa da administração de tampar os buracos é inútil poque nesta época o solo não favorece a reforma do asfalto. “Quando você quer recapear e até tapar os buracos existem as máquinas que retiram a água do buraco e depois colocam o material inicial como cascalho moído e o piche. Contudo, quando a lama residual seca ela provoca uma pressão no asfalto e com o peso do carros logo o solo racha e volta a criar buracos até maiores do que os anteriores. Se tem buraco, não adianta fazer agora um multirão para recapear. Mas pelo menos o ato ainda é válido porque se não o problema permanece, mas seria muito bom que ano que vem, logo no início da época da seca, a administração fizesse obras para concertar o asfalto”, conclui.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Motoristas e pedestres reclamam de via alagada

Fotos: Vinícius Thompson
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Quando a chuva começa a cair na Ceilândia, passar na via de acesso às quadras QNM 5/7 por baixo do Metrô torna-se um verdadeiro desafio. As 14 bocas de lobo que ficam abaixo do viaduto estão entupidas e a água que desce as quadras não consegue sair. Entre lixo e até animais mortos os moradores reclamam que para passar para outra quadra é necessário antar um quilômetro na chuva.

“Sempre pela tarde e pela manhã eu atravesso por debaixo da ponte para chegar na escola do outro lado porque eu tenho que pegar meus filhos e quando chove não dá pra passar. Eu tenho que dar uma volta grande ou pegar o ônibus. Se eu estiver voltando com meus filhos é pior. Nem sempre eu tenho dinheiro para voltar de ônibus porque estou desempregada”, conta Elisangela da Silva Nunes, 36 anos.

Nesta segunda-feira (14) o Jornal Alô Brasília foi ao local e flagrou o problema. Almezinda Fernandes, 50 anos, que tentou passar pelo local, reclama da situação. “Isso é vergonhoso porque pagamos muitos impostos e quando chove parece que tudo fica pior. Se eu passasse alí eu ficaria atolada. Não tem como transitar por estas áreas, ou é buraco prejudicando os carros ou é isso”.

No mês passado, o carro de Ronaldo Pereira dos Santos, 36 anos, ficou submerso quando tentou atravessar o local de noite. “Eu estava com meu filho e sobrinhos dentro do carro e estava chovendo muito e por causa da má iluminação não deu para ver direito que a pista estava alagada. Eu achei que dava para passar mas quando o carro bateu bem forte na água e começou a afundar eu retirei as crianças do carro e deixei ele afundar. É um absurdo isso acontecer porque essa obra tinha que ter em mente as chuvas que acontecem em Brasília”, reclama.

Novacap culpa chuva pelo problema

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) explica que o problema aconteceu pelo excesso de chuvas nas últimas semanas. “Os bueiros sempre entopem quando o fluxo de água aumenta. A culpa também é da população que joga lixo nas ruas”, entende. Para resolver o caso, a Novacap explica que as reclamações devem ser feitas pelo telefone 156 e após uma análise técnica o problema é resolvido em um prazo de 48 horas. A administração da Ceilândia afirma que tomará as providências para diminuir os transtornos.

Érmerson Silva Pena Nunes, 25 anos, mora em frente ao viaduto onde passa a via alagada e afirma que desde a construção a via ficava intransitável. “Eu moro há 10 anos aqui e sempre vi isso acontecer, teve uma vez que um carro parou num repente e o outro carro que vinha atrás bateu. Também já vi casos que os carros ficaram totalmente alagados por tentar passar. Eu acredito que as bocas de lobo deveriam de ser desentupidas, mas também seria necessário construir outras mais acima, onde a água desce”, entende.

Além do problema com a água os moradores e principalmente as crianças correm o risco de saúde. Quando a chuva para o local vira uma piscina para os meninos das quadras. “Eu sempre peço para meu filho ficar longe porque eu já vi um rato morto lá dentro. Se ele ficar doente quem que vai me ajudar? Mesmo pedindo os meninos vão e eles podem se cortar e até se afogar na água suja. Isso é preocupante”, teme.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Video locadoras perdem para internet

Pesquisa mostra que videolocadoras estão fechando. Acesso rápido e barato à filmes pela internet vira nova culpada

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Túlio Bueno da Silva Magalhães, 29 anos, recebeu uma notícia triste nesta terça-feira (3). A sua loja de locação de filmes e minisséries será fechada. Para Túlio, a notícia já era esperada. “Faz alguns meses que o número de clientes vem diminuindo”. Uma pesquisa feita por três estudantes de Cinema da Universidade de Brasília (UnB) mostra que cerca de 73 % das videolocadoras abertas desde 2008 fecharam as portas.

A pirataria e empresas concorrentes de renome explicam a falência das lojas. Mas além disso, um novo ponto apareceu na pesquisa. Cerca de 420 pessoas explicaram que não alugam mais vídeos porque assistem pela internet.

Sofia Martins dos Anjos, 17 anos, conta que é mais prático ver filmes “baixados” da internet do que alugar em videolocadoras. “Normalmente as locadoras são distantes e há um prazo para entregar o filme. Se eu retiro o vídeo da internet, através de sites legais, eu consigo ter o filme que quero de forma rápida, prática e dentro de casa. E não precisarei devolver depois”, comenta.

Com as campanhas contra a pirataria de filmes, principalmente aqueles baixados por Torrent - método de descarregar documentos pela internet de forma rápida – Os sites que fornecem de forma legalizada os filmes completos cobram o serviço e a qualidade do video é questionada pelos usuários. “É realmente um saco ficar baixando filmes na internet. Demora demais, pode vir com falhas e isso quando não dá erro no fim do download. Além disso, eles cobram por mês. Apesar de ser barato, em relação a lojas de filme, muitos arquivos não funcionam”, explica Augusto Oliveira de Souza, 18 anos, estudante de computação.

Para facilitar a vida dos viciados em filmes, O JJGames fornece filmes que não precisam ser baixados para vê-lo. Os filmes podem ser assistidos na íntegra direto da internet, não há a necessidade de baixar o vídeo. Com todas as funções e configurações, o internauta pode escolher filmes que variam desde comédia a terror, além de conter filmes de lançamento e clássicos. “De 'A Lagoa Azul' ao recém saído do cinema como 'A Era do gelo 3'. Constantemente são adicionados novos vídeos e você ainda tem a opção de escolher por gênero ou por ordem alfabética. Eu sou cliente assíduo do site”, conta Vinícios Vieira, 20 anos.

Mas a novidade não abalou lojas que estão no mercado há muito tempo. Segundo Robson Campos, 28, o site não é uma concorrência direta e a ideia funciona, mas existem aqueles que preferem os filmes de locadora. “Acho legal a idéia porque deixa mais prático o contato das pessoas com o cinema. Mas sempre tem gente que gosta de ver filmes em suas televisões, junto com amigos. Enfim, aqui as pessoas procuram filmes recém chegados e muitos também procuram clássicos. Esses clientes, considerados fiéis, não se renderão aos filmes da internet”, garante o gerente da Block Buster da Asa Norte.

Se você se interessou pelo site, visite: JJGames

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Divulgada capa de CD de Susan Boyle

Em sites especializados, disco da cantora revelação de 2009 já é sucesso de encomendas


Ficou chique!

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A cantora Susan Boyle, revelada no programa “Britain´s Got Talent” - o "Qual o seu talento" das telinhas britanicas - está prestes a lançar seu primeiro álbum.

O site “Popcrunch” divulgou a suposta capa do que será o “debut” da estrela quarentona, “I Dreamed a Dream”, onde a escocesa aparece repaginada. O título do CD veio da música cantada por ela no programa de talentos. O sucesso da canção retirada do musical Os miseráveis (1980) pela voz de Susan já foi visto por mais de 76 milhões de pessoas no You Tube.
Segundo o site Popcrunch, o CD já está no topo da lista de encomendas do site especializado “Amazon. Com”.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Wi-Fi gratuito em aeroportos funciona com restrição

Mesmo com pedido do presidente Lula, Infraero ainda não concertou os problemas com a interner gratuita


Devagar e sempre


No final do mês de setembro, a Empresa Brasileira de infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) informou à mídia que iniciou o projeto de Wi-Fi (rede de internet sem fio gratuita) nos aeroportos do Brasil. O projeto visa estender e disponibilizar a rede de forma ilimitada para usuários de aeroportos e passageiros.

A notícia não impressionou muito, uma vez que a Infraero já havia lançado o projeto algumas vezes e, por problemas técnicos, não concluiu. No ano passado, o Wi-Fi começou a funcionar nas salas de embarque dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Brasília (DF), Salvador (BA), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Curitiba (PR), Belém (PA) e Confins (MG). Contudo, o recurso era feito por empresas terceirizadas além de ser cobrada uma taxa que chegava à R$ 10 por hora.

Em fase de teste, o serviço Wi-Fi da Infraero disponibiliza somente acessibilidade a sites do governo. Segundo a assessoria de imprensa, os técnicos trabalham com prioridade para solucionar os problemas de domínio. “Já conseguimos organizar os sites governamentais. Mas os outros domínios como ‘.com.br’ ainda não foram organizados”, explica.

Mesmo ainda em processo de regulamentação, a Infraero confirma que a internet funcionará de forma ilimitada, sem bloqueio a sites apenas do governo. Mas por medidas de segurança, alguns sites não governamentais terão restrição, como os de Banco e e-mail.

A notícia não agradou muito. O professor Ubirajara Coelho Neto, da Universidade de Tocantins vem à Brasília quinzenalmente e sempre usa a internet Wi-Fi paga nos aeroportos e afirma desconhecer o projeto. “Acho importante a democratização do uso da internet, mas não sabia que aqui no aeroporto existia rede sem fio gratuita. Discordo inicialmente de o acesso ser somente a sites do governo ou ser apenas ilimitado para estes sites. Acho que ninguém vai querer tirar um nada-consta no aeroporto”, brinca.

Funcionamento

A rede Wi-Fi tem algumas vantagens. Redes sem fio são baratas e fáceis de construir e também são discretas. Muitas vezes as pessoas nem notam que estão perto de um hotspot – local de acesso à internet gratuita.

Uma rede sem fio usa ondas de rádio, da mesma forma que os telefones celulares, televisões e rádio. Na verdade, a comunicação ao longo da rede Wi-Fi é muito parecida com as de rádio do tipo emissor-receptor. Em casos de aeroportos, o sinal não interfere na comunicação entre os aviões e a torre. Saiba mais no vídeo.


Como Funciona Wi-Fi

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Aberta inscrições para o curso de jornalismo Abril

Apesar dos escandalos junto a políticos de São Paulo, a empresa Abril abre curso mais esperado do ano - para profissionais na área da comunicação e design.



Já estão abertas as inscrições para o Curso Abril de Jornalismo. São disponibilizadas vagas para área de redação, fotografia, design, vídio e mídias digitais. Até o dia 30 de setembro os jornalistas formados em dezembro de 2008 ou que venham finalizar os cursos este ano devem acessar o site e preencher o formulário. É gratis.

O cadastro é igual para todas as áreas e todos devem cadastrar o currículo no site, mas existem requisitos diferenciados. Para as vagas de texto, por exemplo, o candidato deve produzir um texto sobre "quem sou eu e pro que escolhi jornalismo como profissão". O texto deve ter até 4.000 caracteres (muita coisa).

Os outros cursos também devem fazer um texto explicando a escolha da profissão mas com 1400 caracteres porque, além disso, os candidatos deverão entregar, por correio, um portifólio com três trabalhos prontos.

O processo seletivo é realizado em duas etapas. A primeira consiste em análise do currículo, textos e trabalhos e os aprovados são notificados por telefone para a segunda fase - então fiquem atentos - as entrevistas da segunda etapa serão individuais. O resultado final sai na primeira quinzena de dezembro e o curso é realizado entre 27 de janeiro e 3 de março de 2010. Ao final do curso é publicada a revista Plug, produzida inteiramente pelos alunos. Esse curso é uma ponte para a carreira em jornalismo em uma empresa 'séria'.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Negativas do Senado podem virar música

Em plena cúpula, senadores, prós e opositores se unem na marchinha do Senado.


Não, esta nem Pixinguinha gostaria de arranjar. A música que está soando no Senado parece mais um coro de gracejos "semi-silenciosos" de hienas e abutres. As últimas semanas na casa de José Sarney foi banhada pela crise ética e moral, mas ninguém ficou desesperado e desesperançado. Eram sorrisos e ataques deliberados de oposição e governo, prós e contra a qualquer coisa dentro do Senado. Um baile de acusações e risadinhas de meia boca. Algo que não dá em pizza, mas que pode virar um bom samba.

E o enredo é sobre os desacontecimentos. Primeiro as acusações arquivadas contra Sarney pai e filho... estes sim tem o que rir. Depois Collor acontece no Senado defendendo o "patrão". E desacontece tudo o que aconteceu em 1989...

A última veio de Mercadante (texto abaixo), que declarou irrevogável sua saída da liderança da bancada do PT no Senado - antes fosse. Tudo é especulação e picuinhas feitas pela oposição desagradável, agora chamada de imprensa.

E pelo visto, o PT não está fora da fogueira não. Aliás, o "não" foi dito várias vezes nestes últimos dias - principalmente por Dilma. Não, Dilma não se encontrou com Lina Vieira. Nada houve. E os VTs do Planalto não existem mais... E os onze arquivos de denúncias cheias de provas contra os Sarneys não valem nada - foram arquivados pelo Conselho de Ética. Estes, que realmente não sabem sequer o que é Ética. O próprio Sarney também aderiu ao refrão do "Não". O líder do Senado disse que não se sente culpado de nada. Claro, não houve nada.

É fascinante ver metade da tropa de choque do governo agir com rapidez nas jogadas. É maravilhoso ver os risos cínicos, os punhos erguidos e os dedos eretos. 'Que bonito é...' a linha de passe das cobras criadas no PMDB e no PT. Como são astutos estes. Todos treinados e vacinados em processos na justiça e nas CPIs. Este é só mais um versinho da música. O outro fala de mentiras...

Antigamente o mentiroso tinha pudor, tremia a voz. As mentiras eram bem feitas e esbanjavam graça. Agora essa gente não desrespeita apenas a verdade - o pacote está mais completo. Eles não respeitam mais nem a mentira.

E caímos novamente no refrão do "Não". Sob mentiras é o que conta. Os atos secretos, por exemplo, são calúnias deliberadas e fáceis de manusear. Lembre-se que elas iam ser todas anuladas, mas não foram e voltaram a valer.

O ato secreto não é apenas para esconder malandragens não. É também um frisson, um reboliço - e talvez daí que veio o estopím para criarmos o samba. Quem está com a batuta é o onipotente Sarney... Mas existem outros na banda que também possuem a imortalidade e a força. Será que alguém ainda acha que um cara que faz castelos, que é dono de cidades como São luiz ou Maceió, vai dar satisfação ao povo mortal e doente.

Com o PT lembendo os pés do PMDB, os atos secretos ficaram até poéticos, mas não é somente ele que entra na partitura. A música é mais profunda amigos. Ainda no final temos o fim da boa e velha hipocrisia. O caso do Paulo Duque, por exemplo, foi engavetando tudo e se lixando para a opinião pública. Collor obrando em nossas cabeças e Roriz prestes a dar o bote e conseguir um refrãozinho só para ele.

O Senado conseguiu, historicamente criar um enredo perfeito - nota 10 - Tchau, tchau Beija-flor e Mangueira, pois o Senado vem aí. E se reclamar, ató secreto neles. Ao que parece, este samba está grande demais. Quem sabe o Sarney não anima e transforma sua obra em uma Ópera. isso sim, é a cara dele.

Mercadante desacontece no Senado

Depois da promessa de deixar o cargo de líder da bancada do PT no Senado, Aloísio mercadante desconversa e revoga a decisão, antes irrevogável.



Na semana passada, o líder do PT, Aloizio mercadante mostrava-se disposto a votar contra o quase-mártir-do-Senado José Sarney no Conselho de Ética contrariando as orientações do Presidente Lula. Segundo conversa com a CBN, Mercadante diz que não vai contrariar Lula. "O presidente sempre respeitou a autonomia da bancada, mas tem questões que dizem respeito aos senadores", contrapõe.

É necessário lembrar, que no último dia 18 de agosto, Mercadante deixou claro que se os senadores do PT ajudassem a arquivar, no conselho de Ética, as denúncias contra José Sarney, ele deixaria a liderança. Neste momento todos os que levantavam a bandeira "fora Sarney!" estavam retumbantes - a chantagem demonstra que nem todos estão com medo do Líder do Senado...

Aí aconteceu. Na quarta-feira tudo foi arquivado, os maricas do Senado nada falaram e nem se preocuparam com nada. E como previsto, Mercadante foi categórico: "eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável".

E na quinta-feira, Mercadante conversou com Lula - momento tenso, pois fora cinco horas de conversa reclusa - e o que ninguém esperava é que, o irrevogável, o que não se pode anular, apagar... foi revogado na sexta-feira diante do plenário do Senado. "Eu não posso dizer não ao Presidente da República e ao meu velho amigo e companheiro Luiz Ignácio Lula da Silva", explicou.

Aí, como diz Jabor, as coisas desacontecem - o que é normal no Brasil.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Universal peca pela Luxúria



E para onde vão os reais dos fiéis?
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Justiça abriu processo contra Universal do Reino de Deus e filiadas por prática de fraude.



O Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e mais nove pessoas ligadas à Igreja foram acusadas, esta semana, pela 9ª Vara Criminal de São Paulo por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O "pregador" da boa moral e da obediência e dos mandamentos de Deus apagou um deles - o que fala sobre não roubar. Segundo o juiz Gláucio de Araújo, o bispo e seus comparsas foram acusados de se apropriarem ilegalmente de dízimos e de ofertas de fiéis e de usar o dinheiro das doações para construir um patrimônio pessoal.

Segundo a denúncia da Promotoria, Macedo e os outros acusados desviaram dinheiro e se aproveitaram da isenção de impostos - que é oferecida pelo governo à qualquer igreja - determinada pela Constituição. Demorou dois anos para que o Ministério Público e a Justiça entendessem que houve desvio de finalidade - em vez de aplicar o dinheiro em obras de caridade e na manutenção dos templos, como as igrejas normais fazem, os recursos das doações foram desviados para comprar empresas visadas por Edir Macedo.

Segundo a denúncia, A quadrilha de Macedo não conhecia os limites. "Seus integrantes se utilizaram da Igreja Universal do Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e dos inúmeros fiéis", diz.

Dízimo

Igrejas, em geral, independentemente da religião, costumam desenvolver trabalhos sociais com a ajuda do dízimo - doações em dinheiro, roupas, móveis ou mão-de-obra - e por isso, estão livres do pagamento de impostos.

A acusação da Promotoria mostrou exemplos de pessoas que se sentiram enganadas e que recorreram à Justiça para ressarcimento. Gilmosa dos Santos, viu a filha vender utensílios domésticos e até a própria cama onde dormia para dar dinheiro à igreja, diante da promessa de recompensa em dobro. Maria Moreira de Pinho entregou cerca de R$ 30 mil, em dez anos, acreditando que o dinheiro seria empregado em obras de caridade, o que não aconteceu.

Com base em informações de órgãos federais, os promotores afirmam que a Iurd arrecada aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano. Nos últimos sete anos, arrecadou mais de R$ 8 bilhões. Parte desse dinheiro foi parar em duas empresas de fachada, a Cremo e a Unimetro Empreendedorismo, com sede em São Paulo. Elas estão registradas como empresas de compra e venda de imóveis e, segundo investigações, foram usadas pelos denunciados para esconder a verdadeira origem dos recursos.

Entenda

O dinheiro Voltava ao Brasil na forma de empréstimo a pessoas físicas, ligadas a Edir Macedo. E era então aplicado na compra de aeronaves, imóveis e empresas de comunicação - Nem precisa falar qual neh?!
"Em vez de aplicar os recursos em obras sociais, o dinheiro, isento de impostos, era desviado para outra finalidade. As doações dos fiéis eram repassadas para a Unimetro e Cremo, que, mandavam o dinheiro para duas empresas fora do Brasil, a Investholding e a Cableinvest", descrevem a promotoria sobre o desvio do dinheiro para paraísos fiscais controlados por Macedo.

Foi com empréstimos da Investholding e da Cableinvest que, segundo a promotoria, membros da Iurd compraram a TV Record do Rio de Janeiro por US$ 20 milhões, em 1992. O mesmo dinheiro ainda foi usado para comprar um avião.

Segundo o Ministério Público, o esquema também foi empregado para dissimular a origem do dinheiro na aquisição da TV Record de Itajaí (SC). E para finalizar, um dos acionistas da Record declarou aos promotores que a compra "foi feita com dinheiro de fiéis".


A corporação

Após 32 anos da fundação da Iursd, a Igreja está presente em 172 países, tem mais de 4 mil templos no Brasil e 8 milhões de fiéis que seguem 10 mil pastores. Um levantamento feito pela Folha de S. Paulo, publicado em dezembro de 2007, mostra que a Iurd construiu um império corporativo formado por rádios, emissoras de TV, jornais, gráficas e venda de livros e utensílios de fé. Segundo a reportagem, algumas empreas são do próprio Edir Macedo.


O juiz deu dez dias de prazo para a manifestação da defesa e mandou indiciar os dez réus. Para o juiz, já existem indícios da participação de cada um deles nos crimes descritos acima.
Agora, para aqueles que acham - como o advogado de Macedo defende - que a mídia esquerdista, e o Governo estão perseguindo uma instituição caridosa e que visa a fé e a bondade, leia este trecho abaixo, divulgado em 1995. É um discurso de Edir Macedo no intervalo de uma partida de futebol em Salvador. Edir Macedo ensina pastores a se dirigirem aos fiéis.

"Você tem que chegar e se impor. Ó pessoal, você vai ajudar agora na obra de Deus. Se você quiser ajudar, amém, se não quiser ajudar, Deus vai me dar outra pessoas para ajudar. Amém. Endendeu como é? Se quiser, be, se não quiser que se dane! Ou dá ou desce! Entendeu como é que é? Então, você nunca pode ter vergonha, não pode ter timidez. Peça, peça, peça e, que quiser dar dá e quem não quises não dá. E, se tiver alguém que não dê, vai ter um montão que vai dar".

Além disso, Macedo cita um episódio bíblico para reforçar a mensagem.

"Então Moisés foi lá, com o cajado dele, com aquele mesmo cajado que ele tinha aberto as águas do Mar Vermelho, visto tantos milagres, ele chegou e perguntou: 'por acaso pode dessa rocha sair água?'. Ele tocou na rocha assim. Quando ele tocou na rocha, saiu água". Alguém questiona - "Por acaso, né?" E Macedo termina. Por acaso! Aí eu pergunto assim: ' quem é que gostaria de ter o cajado de Moisés?' Aí o povo: 'eeeuuuu!'. Pois você tem, agora é só você usar o seu cajado. Dez mil, traz aqui. Entendeu como é que é? É a fé.


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Fim de papo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sarney está acima da Lei

Depois da nomeação da sobrinha, e do caso da fundação inesistente, Sarney não opina sobre atual ilícito feito pelo filho.


"Pop pai e pop filho"
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Após reportagem publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" nesta quarta, revelando a prática de nepotismo da família Sarney no Senado, o advogado de Fernando Sarney - Filho de José Sarney (PMDB - AP) - Eduardo Ferrão condenou como "conduta criminosa" o vazamento de informações do inquérito da operação Boi Barrica à mídia. As ações da PF estão tramitando sob segredo de justiça.

Ontem (22 de julho), o Jornal Nacional (GLOBO) mostrou pedaços da conversa de Fernando com a filha, Maria Beatriz Sarney, dizendo que mandou Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, reservar uma vaga para o namorado de Maria, Henrique Dias Bernardes. Em conversa com o filho, alvo da investigação, Sarney caiu na interceptação. Segundo a gravação, o senador se comprometeria a falar com Agaciel para estabelecer a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto, segundo a publicação.

Em defesa, Eduardo Ferrão diz que as gravações reveladas pela mídia são informações "mutiladas" de trechos de longas conversas telefônicas mantidas entre familiares, as quais não revelam a prática de qualquer ato ilícito. "O Inquérito, do qual foram retirados os diálogos divulgados pela imprensa, tramita sob segredo de justiça por força de lei, cuja inobservância, esta sim, constitui conduta criminosa", defende Ferrão.

Boi Barrica

A operação que investiga Fernando Sarney tem base nas denúncias feitas no último dia 15 pela PF do Maranhão. O filho de Sarney foi acusado pelos crimes de formação de quadrilha, instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O empresário é apontado ainda, nas investigações, como chefe de um grupo acusado de ter forte influência política e, com isso, conseguir direcionar licitações e também desviar dinheiro. Em depoimento, ele negou todas as acusações, é claro.


Consequências

Ainda nesta quarta, o senador Critovam Buarque (PDT-DF) disse que vai pedir uma convocação de emergência do Conselho de Ética do Senado para analisar as novas denúncias contra o presidente da casa Sarney Pai.

Foi revelado também, que nesta quarta, o Ministério Público Federal no DF pediu a quebra de sigilo bancário de Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi, envolvidos com a publicação dos atos secretos.

Integrante do grupo de parlamentares que defende a saída do PMDBista do comando do Senado, Cristovam Buarque disse que vai falar com o senador Pedro Simon (PMDB-RS) para formalizar, hoje, o pedido de reunião de emergência ao presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ).

Cristovam faz parte de uma seleta comissão de oito senadores - aqueles poucos que ainda se salvam - que permanecem em regime de plantão durante o recesso do legislativo. A reunião de urgência convocada do Conselho de Ética não está prevista no Regimento da Casa - para variar.

O senador afirmou ainda que esta nova evidência de abuso de poder de Sarney estaria deixando "mais próxima" a possibilidade de abertura de um processo de cassação contra o presidente da Casa. Para Cristovam, a idéia de que o recesso abrandaria a pressão sobre o presidente do Senado caiu por água abaixo. "Deixamos uma casa pegando fogo, e esse fogo só aumenta", avalia.


Apesar da obrigação do presidente do conselho, Paulo Duque, de fazer a abertura de investigação sobre o caso, provavelmente nada será feito. Em nenhum lugar do mundo o acusado de algo é também o juiz que sentenciará. É errôneo, mas acontece. O Conselho de Ética é composto de 15 membros. Na composição atual, a base do governo tem dez cadeiras. A oposição conta somente com cinco. Mesmo assim isso não impede de Sarney chafurdar nas merdas do Senado.

Sarney

E já é difícil a situação de José Sarney no comando do Senado agora, com a divulgação do áudio de conversas familiares onde o assunto era a nomeação do namorado da neta dele para um cargo de confiança na presidência do Senado - feito por um ato secreto - não é o "fim da picada", pois o fim já se passou. Agora é a "morte da abelha"... [risos]

Antes do recesso parlamentar, Sarney vinha evitando presidir as sessões do Senado para não ouvir de colegas, o afastamento do cargo - como fez Pedro Simon - que "pediu pra sair". Para alguns senadores, o noticiário indica que o constrangimento vai persistir e que outros devem repetir Simon - mas Sarney não. Sarney é mais forte que a própria Lei.

Antes, defendido por Lula - que admitiu que está pagando um preço alto por isso - Sarney ainda possui muitos cachorrinhos no PMDB, que não esquecem a conta que é feita pelo senador Romero Jucá indicando que ele tem o apoio de 45 senadores da BASE.

Como dizem as boas línguas, "este é um país de proporções geométricas". Sim. Um país com problemas angulares, discutido em mesas redondas e administrados por bestas quadradas. Mas desde antigamente - vide Senadores Biônicos - as administrações públicas eram manejadas com competência. Pois, eles foram tão competentes em sumir com a Ética, que até hoje estão procurando por ela.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Britânicos disponibilizam exemplar mais antigo da Bíblia



O Codex Sinaiticus foi escrito no século 4 e agora, foi restaurado e disponibilizado na internet.
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Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia - que pode ser visto pelo público - foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, estará acessível a partir desta semana (quinta-feira). Partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo Testamento - mais velho e mais completo - foram restaurados por especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia. Os textos poderão ser usados para futuras pesquisas científicas e religiosas. As imagens em alta resolução do Evangelho de Marcos, por exemplo, e diversos outros livros do velho testamento estarão disponíveis em http://www.codex-sinaiticus.net/.

Segundo Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica de Londres diz que o Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo. "Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do cristianismo, e se trata de uma evidência em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração", diz.

Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha. Estudiosos apostam que o documento tenha resistido ao tempo porque oa r do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todo esse tempo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ônibus em Brasília não respeita sinalização





Original - do Correio


Como se não bastasse os ônibus velhos e semi-sucateados da Viplan e outras empresas de transporte público, o atraso e o descumprimento de intinerários, os motoristas são flagrados em infrações de todo o tipo. Os condutores de ônibus - responsáveis também pelas segurança dos que transportam - diariamente são pegos pela fiscalização descumprindo algum artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CBT). Cerca de 43 veículos são multados em fiscalizações diárias no Distrito Federal. Das 8.320 multas aplicadas este anos, 3.297 foram por excesso de velocidade e outras 3.027, por avançar o sinal vermelho.

Deu no Correio, que o Departamento de Trânsito (Detran) do DF possui registro de mais de 2.500 ônibus de transporte público. Contudo, ninguém do Correio conseguiu obter acesso detalhado do número de multas aplicadas para estes veículos.

É só sair às ruas que qualquer um pode observar as infrações cometidas por ônibus público. No centro da Ceilândia, por exemplo, os "coletivos" furam o sinal vermelho e param sobre a faixa de pedestre. Em muitas paradas da cidade - e também em outras como Taguatinga - é comum que os motoristas ignorem o recuo destinado ao embarque e desembarque de passageiros, obrigando os outros carros a frear ou desviar.

Esse tipo de caso ocorre quando o ônibus consegue parar no ponto, pois, é comum que as "paradas" não tenham recuo ou então as baias destinadas aos ônibus são muito curtas - cabendo no máximo somente dois veículos. Os ônibus que chegam depois, ficam no meio da rua e, enquanto passageiros correm para não perder a condução, outros ônibus nem param.

Excesso de velocidade também é frequente. incomodada, a diarista Rosenilda Reis já caiu dentro do ônibus com o filho de dois meses no colo. "bati com a cabeça na roleta e as costas no chão. Senti tanta dor que achei que fosse morrer. Meu filho, hoje com cinco anos, teve um corte na perna. Fiquei indignada. O pior é que continua tudo igual", lamenta.

No início do mês, a estudante Amanda Souza também se feriu em um acidente provocado por ônibus. Segundo ela, o coletivo estava parado e saiu em de repente com muita velocidade. A motorista do pálio, que vinha atrás, teve que frear bruscamente. "Meu namorado e eu estávamos atrás do pálio, de moto. Ele não conseguiu para e bateu na traseira", diz.

A defesa

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Wagner Canhedo Filho, em entrevista, muda o assunto e acusa o GDF de promover a indústria das multas. Cita como exemplo as multas por excesso de velocidade, que, "ocorrem em função dos diferentes limites de velocidade em uma mesma via". "É humanamente impossível uma pessoa não ser multada em Brasília por conta disso", completa.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório da Silva, ameniza a responsabilidade dos motoristas nos acidentes e infrações de trânsito. "Em muitos casos, o radar está mal posicionado, por exemplo, os pardais do Eixo Monumental, perto do Tribunal de Justiça do DF. O pardal fica em cima do ponto de ônibus. O semáforo está verde e o motorista vive a angústia de passar e ficar parado no meio do cruzamento aguardando o ônibus sair da parada para terminar de chegar. Se nesse intervalo, fica vermelho, é como se ele tivesse furado o sinal", exemplifica.

Mas o que Osório se equivoca é que, neste ponto, o semáforo fica alguns metros antes do ponto de ônibus, e, a fiscalização eletrônica fica um pouco antes da parada. O que é normal. O problema é que lá não tem o recuo que deveria existir para o embarque e desembarque. Não há "radar mal posicionado". Simplesmente, o motorista deve obedecer a sinalização, como sugestiona as placas de trânsito ao longo das vias.

Em 2008, os coletivos se envolveram em 704 acidentes graves. O saldo foi de 1.013 feridos e 50 mortos. Para cada grupo de mil coletivos, ocorreram 6,5 acidentes fatais, um aumento de 18,1% em relação a 2007. Segundo o Correio Braziliense, o npumero de percentual absoluto de mortos em acidentes envolvendo ônibus público é 28% maior que o mesmo período de 2007 e, o de feridos, 11,3%.

Segundo o diretor técnico do Departamento de Transportes Urbanos de Brasília (DFTrans), Cristiano Dalton Mendes Tavares, diz que o aumento dos acidentes fatais e das infrações cometidas revelam que o motorista de ônibus está mais imprudente. "Avanço de sinal, excesso de velocidade, parar sobre a faixa, não usar o cinto de segurança são infrações que dependem exclusivamente da consciência e prudência do condutor", avalia.

Agora, o GDF conseguiu um empréstimo bilionário do Banco Mundial (Bird) e finalmente - não desmerecendo a competência do atual governo - poderá concertar o que a administração Roriziana fez. O governo está investindo em parcerias para promover cursos de reciclagem do condutor. Espera, com isso, que o cidadão seja melhor tratado. Além disso, as câmaras de segurança - que evitarão assaltos também - servirão também para que o governo monitore as atitudes do motorista. Em 60 dias, o contrato com a empresa que vai fornecer os equipamentos deve ser assinado.


devemos esperar

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Lula provoca bico no Senado



Desculpem, mas estava um pouco gripado - nada de Suína...
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Observando a bagunça debaixo do tapete da Câmara e do Senado - como de praxe neste blog - fiquei atarantado com as situações. Primeiro foi o Conselho de Ética da Câmara - ou antiética, se preferirem, pois dá no mesmo - que absorveu definitivamente o Deputado Edmar Moreira, o famoso deputado do castelo de Minas Gerais. Depois foi vez do outro conselho, este sim, sem ética alguma, do Senado. Com a assinatura do PMSB o Senador Paulo Duque, do Rio de janeiro, foi eleito presidente. Duque ainda engatinha no Senado e o pior - é PMDbista. Outra coisa importante que aconteceu é que Sergio Cabral, suplente do atual governador do Rio de Janeiro, terá a responsabilidade de se pronunciar sobre as denúncias contra o Presidente da casa, José Sarney.

"Eu pretendo ler o relatório, continuar lendo os jornais e até mesmo ir ao Maranhão para conhecer essa fundaçaõ, que ninguém conhece", disse o senador sobre o caso da Fundação Sarney. Para acalmar a maré, o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás fala sobre possível recurso no Pelenário e no STF. "Se ele mandar arquivar vai se comportar como tropa de choque, nós vamos recorrer para cá e se for o caso, vamos recorrer até o Plenário e até ao Supremo Tribunal Federal".

Quando tudo parecia estar bem - ou mal - resolvido, uma frase do presidente da República voltou a deixar a oposição de bico. Após um evento em brasília, um repórter perguntou se a CPI da Petrobrás, onde a base do governo tem a presidência e a relatoria, terminaria em pizza com sabor de pré-sal. "Enquanto a oposição grita, eu, trabalho. Todos eles são bons pizzaiolos" respondeu Lula.

A carapuça, dada de bandeija, fez ouriçar o Senado. "Não está no script ficar aturando insulto de quem que seja, ainda que venha do Presidente da República", afirmou o senador Arthur Virgílio (PSDB/AM). E a situação não ficou por isso.. A oposição continuou de expondo. "Daqui a pouco fica o 'dito pelo não dito' e o Senado fica perdendo seu tempo em estar retaliando o Presidente desnecessariamente", diz o senador Almeida Lima, PMDB de Sergipe.

A carapuça de Lula não foi tão infeliz assim. Demostra que o Senado está cada vez mais cismático e cada vez mais cambaleante. O Conselho de Ética está formado, em sua maioria, por raposas velhas rorizianas e o Senado já está tão pode que fede a falcatruas lá na Suíça. Livrar a cara de pessoas que desviam dinheiro público é possível - lógico - se o próprio Sarney, Presidente do Senado faz a mesma coisa. Daqui a pouco, os senadores usarão boletim secretos para nomear parentes - como fez Sarney com sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges.

Os senadores e deputados com "rabo preso" estão ficando cada vez mais inconspícuos e unidos. Essa história caminha para um ápice onde os vilões acabam com as esperanças dos mocinhos - nós, no caso - e destroem toda a capacidade de uma reviravolta da trama e, o pior é que - os escritores são eles.




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Chavinismo ou Ditadura?


observando os assuntos noticiosos...
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, soutou uma frase neste domingo (28) na reunião de urgência da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). Ao falar
sobre a crise do ex-atual-presidente hondurenho Manuel Zelaya, Chávez disse que fará o que "tiver que fazer" para restituir o presidente no poder, porque "não vai permitir mais gorilas neste continente". Ora. Falou o Godzilla rabugento.

Vários países estão apoiando a volta do presidente e contra a retirada forçada do poder pelos militares. A última do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto diz que o golpe militar é um precedente perigoso. "Não aceitamos a volta dos golpes na América Latina", disse Lula em viagem à Libía. "Tivemos a experiência dos golpes militares durante os anos de 1960 do século passado", relembra.

A França convocou para consultas seu embaixador em Honduras, pouco depois de a Espanha ter anunciado o mesmo ato, como demonstração de repúdio ao golpe militar. O chanceler francês Bernard Kouchner disse, no último domingo que condena a derrubada do presidente e por isso convocou o embaixador para retornar ao país. "A decião foi adotada em relação com os interlocutores europeus da França presentes em Honduras. O futuro de Honduras e desta região é indissociável da democracia", completou.

A Organizaçaõ dos Estados Americanos (OEA) disse estar preocupada com as consequências que um enfrentamento entre diferentes poderes poderiaa ter sobre "o processo político institucionaç democrático e o exercício legítimo do poder".

Ja os Estados Unidos condenou o golpe de Estado em Honduras e disse que a deposição do presidente é ilegal. As declarações de Obama foram feitas em Washington após uma reunião com o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe. O presidente americano afirmou ainda que trabalhará com a OEA para restituir o presidente.

Lá onde está acontecendo tudo, o governo interino de Honduras - instalado após o golpe - buscou nesta quarta-feira ganhar legitimidade e afirmou que o presidente deposto não voltará ao poder se retornar ao país. Enrique Orlez, ministro das Relações Exteriores dos militares - que assumiu logo depois do golpe - disse à Reuters que Zelaya será detido mesmo se voltar a Honduras acompanhado de líderes latino-americanos.

O problema

A crise política em Honduras tem origem em um enfrentamento entre Zelaya e os Poderes do país -Congresso, Judiciário e Exército - depois que o mandatário propos uma consulta sobre um plebiscito sobre uma possível mudança na Constituição do País. O plebiscito proposto por Zelaya questionaria se a população seria favorável ou contrária à convocação de uma assembléia para reformar a Constituição Eleitoral e instituir o estatuto de reeleição - atualmente proibida no país.

O tema logo caiu nos ouvidos de Chávez - que ficou muito feliz com o caso - assinalou que as ações a serem tomadas serão "para que se respeitem os direitos humanos, a vida do povo hondurenho e para evitar uma tragédia" nesse país centro-americano.

Agora entenda. Ou o país entra em um estado de ditadura militar - coisa já ultrapassada, que não deu certo em lugar nenhum e que é totalmente repudiada - ou entrega o país ao governo Chavinista que faz um presidente se transformar em Rei e governar com mão de ferro um país molestado pelos guerrilheiros e crises de países vizinhos.

Esquecem dos problemas reais que começaram a crise instalada por Zelaya e fica neste "apoio" pela democracia - pois - no momento que Zelaya voltar à presidencia, logo tentará criar um plebiscito novo, tal qual em outros países Chavinistas das americas. E o pior é que os outros países não podem ficar de fora deste acontecimento porque se não a mídia rotula-os como "centristas".

A pesar de Zelaya negar que quer se reeleger, Hugo Chavez está sapateando em Miraflores esperando que Honduras se torne mais um país apoiando as loucuras de uma política, antes considerada Fidelista (a de Fidel Castro), agora chamada de Chavinista. Mas vamos lá, apoiem a volta de um presidente suspeito - isso só vai dar pano-para-manga e mais audiência para Bonner.


Solta o verbo


Este texto foi retirado de um Blog (com letra maiúscula mesmo) de uma amiga minha. Não é para puxar-o-saco de ninguem, mas isso me pareceu bem pertinente à opinião pública.

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O que esperar de um jornalista?


Venho mais uma vez expôr como é torta a profissão que escolhi e como são tortos tantos colegas. Nem sei por que ainda insisto em bater nessa tecla, nem sei por que ainda insisto nesse ofício que mal comecei. Quando mudei de curso achei ter descoberto minha vocação. Falar sobre gente, falar sobre seus dramas, falar sobre a realidade que é crua mas tem exemplos válidos. Falar sobre aqueles que não têm quem fale por eles. Por isso fui até os Avá-Canoeiros, no norte de Goiás. Por isso, desde antes, tenho andado e venho andando.Mas são situações como a de hoje que me tiram o sono, que me deixam amendrontada com tão negativo aspecto de ser jornalista.


Nesta fatídica terça-feira, tive uma amiga jornalista, recém-formada como eu, acusada de plágio. Não só acusada. Seu nome rodou sites, portais e todo o boca-a-boca virtual possível.Seu twitter, orkut e flog foram hackeados ou suspensos. E com raríssimas exceções encontrei análises coerentes sobre o acontecido. Na grande maioria de palpiteiros, fiscais e juízes donos da verdade, ou melhor dizendo, na grande maioria, os colegas achincalharam-na. Pediram sua cabeça. Rogaram infortúnios e desgraças à sua carreira. E fizeram toda sorte de comentários maldosos que se pode imaginar.


Com uma feliz exceção, minha amiga e colega de profissão já foi julgada e condenada ao Hades pelo Supremo Tribunal dos Jornalistas do Diploma de Um Vintém. Ninguém se perguntou como esses plágios foram feitos, como foram possíveis? Ninguém se pronunciou sequer sobre o jornal em que ela trabalha, também citado nas matérias.


Pergunto sem mais delongas: um jornalista, principalmente recém-formado, sem nome tem o quê? Plágio é coisa séria. Seríssima. É crime. E deve ser tratado como tal. Mas que coloquemos os pingos nos is. Quem apurou se foi ela quem fez? O nome dela consta em vários lugares, mas vamos ser francos, como um chefe em sã consciência deixaria o mesmo “erro” passar tantas e tantas vezes? Sejamos mais francos ainda, quem aqui jamais presenciou uma típica cena de “copie, altere um bocado e cole” em uma redação? (Sei que falo para muitos comunicólogos). Pelo que posso imaginar, ao que tudo indica, nunca vi jornalista, que era estagiária até seis meses atrás, assumir sozinha uma editoria sem que o chefe não dê o crivo final, ali, edição a edição. Chefe é famoso por dizer o que entra, o que sai, o que fica, como fica.


Preciso dizer que o jornal em que ela trabalha tem fins políticos? Que ou é “da situação” ou é “da oposição” - maniqueísta assim? Como muitas redações pelo Brasil, costuma atrasar salários e enxugar o número de profissionais, incentivando aquele moderno status do “jornalista multimídia”, ou em outras palavras, aquele que “canta, dança, sapateia e faz piada”.


Essa amiga jornalista sempre quis cobrir cultura. Desde que a conheço investe em conhecimento na área, consome discos, livros, conteúdo. Viaja para festivais e eventos, tantas vezes arcando do próprio bolso. Seria numa cidade grande, uma daquelas blogueiras referenciais sobre o último disco de fulano ou o próximo filme de cicrano.


Mas ela mora em um estado noviço demais. Estado que abandonei quando vi que pouco teríamos a nos oferecer um ao outro. Guardo uma nostalgia e ostento minha torcida por um futuro melhor, mas confesso que em momentos como esse me vem um triste desencanto e relembro o motivo de escolher acompanhá-lo à distância.

Já falei dele em outros posts, em outras freguesias, mas não custa lembrar sobre a sua incipiência. Tenho muitos amigos jornalistas recém-formados por lá que ou estão trabalhando em outra área, ou continuam em seus empregos. Com um baixo número de jornais e assessorias e com todos servindo aos meus interesses políticos, a liberdade e autonomia jornalística passam léguas e léguas de distância.


O jornal em que minha amiga trabalha e onde fazia o caderno de cultura, teve vários e vários plágios denunciados por um famoso portal de comunicadores. Embora a denúncia tenha apontado as páginas de cultura, outras tantas editorias abusam do mesmo recurso, o “copia e cola” de sites e blogs da internet. Procurados pelos sites e blogs plagiados, um editor-chefe alegou vários motivos para o descabido erro. “A jornalista é iniciante”, ”os chefes não sabiam”, ”isso jamais aconteceu”, “será feita retratação” e tal e tal e tal. Ela aparece pedindo desculpas e dizendo que se enganou. Não fala muito mais do que isso, mas todos sabemos como se tratam os “cafés pequenos”.


Atendendo a pedidos, ela provavelmente será substituída. Guardará em silêncio toda essa penúria enquanto tentará encontrar algo para continuar fazendo. O jornal, bem, esse será só mais um escândalo, mais um mal bocado. Vão-se os jornalistas, ficam os plágios?!


Plágio é crime e talvez renda processo. Para o jornal, não sei o quanto a credibilidade ficará abalada. Mas para a jornalista? Com o nome enlameado nas ruas da Medina? Não sei. Obviamente, os nobres colegas tampouco sabem, mas essa parece ser a lei do mais forte e do mais esperto. Ruim é pensar que agora, sem a exigência do diploma, a situação tende a piorar. Se antes, qualquer jornaleco de político tinha que colocar pelo menos um jornalista no meio de uma pilha de estagiários, agora nem isso, nem estagiários e nem jornalista, só “as forças políticas”.E os jornalistas o que fizeram? Como era de se esperar para a polícia social, que não só denuncia, como julga e setencia, a classe não fez nada. Alguns revoltosos, metidos a corporativismo e coleguismo se puseram a marchar e levantar a voz contra a decisão do Supremo, mas meia dúzia de andorinhas ainda não pode fazer verão. Já meia dúzia de urubus? Chafurdam bonito sobre o defunto.


Acho tão raro de se ver um profissional de outra área falando mal abertamente de um colega. Seja ele taxista, professor ou médico. E se o faz, presumo que seja por bom senso, por parcimônia, por saber que esse mundo gira e qualquer um está sujeito ao erro, infelizmente. Mas os jornalistas devem ser seres superiores e perfeitos.

Infelizmente, não sei a quê se deve essa mentalidade de “tubarão na caça”, mas sinceramente, muito me desaponta. Poderia citar muitas exceções, felizmente. Inclusive tenho convivido com jornalistas de alto quilate, de generosidade e competência. Aliás, peço perdão a eles por chamar aos outros, contra quem dirijo meu lamento, de jornalistas. Vocês sim, são jornalistas. Esses outros? O que são? Não sei.


Reparem que não estou minimizando o crime de plágio. Mas critico mais uma vez à categoria.Aos jornalistas, esses que senhores da verdade, são tão rápidos em criticar, em apontar o dedo em riste, em condenar, em setenciar… Mas são tão lentos, tão lentíssimos em buscar compreender melhor criticamente quem são todos os elementos da situação apontada. E mais lentos ainda em se unir e buscar melhores condições de trabalho. Condições mais dignas, mais éticas e mais corretas para todos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jornalistas contra Gilmar


Estamos dentro da lei. Ele, Não.

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O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que na última semana protocolou uma Proposta de Ementa à Constituição Federal (PEC) para tornar obrigatória a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista, já conseguiu juntar mais de 40 assinaturas de apoio.

No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, por oito votos a um, a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Dentre as estrelinhas do "não" estava Gilmar Mendes e seus "capangas", digo, amigos.

Gilmar afirmou que a revogação da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão acabou com a relevância do registro profissional de jornalista no Ministério do Trabalho.
"O registro existente não terá nenhuma forma jurídica", declarou o ministro à Agência Brasil. Mendes afirmou, ainda, que a criação de um projeto de lei pelo Congresso para oficializar a obrigação do diploma - como foi proposto pelo ministro das comunicações, Hélio Costa - está descartada.
Nem precisa informar à ninguem que, o senho Gilmar tem "capangas", digo, amigos envolvidos na área de comunicação social. Ora. Ter diploma em jornalismo serve para regulamentar uma área onde pessoas que se formam em graduações alheias e que fazem somente um curso de seis meses de redação ou técnicas de jornalismo - ou não fazem - entram neste mercado de trabalho que já está "entupido de gente até a tampa".

PEC

para poder apresentar o PEC, eram necessárias 27 assinaturas. Segundo a Agência brasil, a proposta de Valadares torna obrigatório o diploma para exercer o jornalismo, além de tornar facultativa - Para os leigos, críticos de plantão, a exigência torna-se arbritária - a exigência do diploma´para colaboradores.

"Com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, foi uma decisão equivocada. O jornalista é um profissional cujo trabalho é reconhecido. É uma tradição a legitimidade. O brasil não pode retroceder. Como um senador socialista, não poderia deixar de recolher as assinaturas e protocolar a PEC", declarou o senador.

O papel do jornalista está evoluindo cada vez mais. Antes, os jornais se apoiavam em profissionais de outras áreas para criar matérias que pareciam mais colunas ou opiniões, e depois, eram enviadas para redatores - profissão já decadente no jornalismo - com o fim de transformar o texto em notícia jornalística. Não podemos retroceder, nem deixar que a sociedade fique a merce de pseudojornalistas que publicam "opinião" em vez de notícia para informar a sociedade e danificar mais as mazelas da comunicação no Brasil.

Como objetivo de aperfeiçoar o texto do PEC, Valadares ainda vai solicitar que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federação de jornalistas e da Ordem dos Advogados do brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Se Sarney renunciar, acaba

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Por mais duro que pareça aos sarneístas, tem razão o senador Pedro Simon (PMDB-RS) quando sugere a “licença” de José Sarney da presidência do Senado, como forma de preservar a instituição e arrefecer o denuncismo midiático.

Com três ressalvas, porém:
1) Licenciar-se é um modo menos doloroso de renunciar, pois quem sai em circunstâncias tão adversas depois não tem como voltar;
2) “Preservar a instituição” significa arranjar um meio de salvar a pele de todo mundo — senadores e altos burocratas, com duas ou três exceções entre esses últimos —, enquanto a de Sarney é lentamente consumida pelo descrédito.
3) O denuncismo midiático existe, sim, no sentido de que a grande imprensa do sudeste está em campanha para derrubar o presidente do Senado e parte do que publica é exagerado, distorcido ou simplesmente injusto.
Mas há muito que o Senado convive com graves irregularidades de que somente a alta burocracia tinha pleno conhecimento — mas nenhum dos senadores ignorava por completo. Nesse sentido, a imprensa contribui para melhorar o Poder Legislativo quando lhe expõe as mazelas e força a criação de mecanismo de transparência que já deveriam existir há muito tempo.

Não é como Renan

É pouco provável que Sarney aceite licenciar-se, assim como não se vislumbra a possibilidade de que seja destituído por seus pares. Cair de um cargo tão elevado com quase 80 anos, após uma carreira quase sempre ascendente, é mais do que Sarney conseguiria aguentar política e talvez até fisicamente.
Renam Calheiros pôde renunciar e continuar no jogo, quase com a mesma força. Sarney, não. Se renuncia, está morto.
A questão é saber se aguenta mais uma semana de bombardeio.

Por Walter Rodrigues, no Colunão

Morre o Rei do Pop



Michael Jackson foi levado a hospital de Los Angeles nesta quinta (25).
Ele foi declarado morto às 18h26, horário de Brasília.

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O cantor Michael Jackson morreu na tarde desta quinta-feira (25) após sofrer parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles. O cantor não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.

A morte de Jackson foi confirmada pelo Instituto Médico Legal de Los Angeles, em entrevista à rede de TV CNN pouco antes das 20h30, horário de Brasília.

"Posso dizer neste momento que fomos informados por investigadores do Departamento de Polícia de Los Angeles Oeste que Jackson foi levado (...) para o hospital. Ao dar entrada, estava sem os sinais vitais e foi declarado morto por volta das 14h26 esta tarde [18h26, horário de Brasília]", declarou Fred Corral, porta-voz do IML à CNN.

Antes mesmo da confirmação da morte de Jackson, o site do jornal "New York Times" publicou que uma autoridade da cidade de Los Angeles "afirmou que ele morreu às 17h07, horário de Brasília".

De acordo com o IML de Los Angeles, uma autópsia "provavelmente" será realizada na sexta-feira. Ainda não se especula a causa da morte, que será investigada pela polícia da cidade de Los Angeles.

"As coisas ainda estão acontecendo. Estamos nos comunicando com o hospital para transportar Jackson para nossas instalações, onde ele será examinado para determinarmos a causa da morte", acrescentou. "Até onde eu sei, fomos informados por investigadores da polícia de Los Angeles que Jackson foi levado pelos paramédicos para o hospital com uma parada cardíaca severa, e que depois foi declarado morto".

A rede de televisão Fox News afirmou que uma entrevista coletiva será realizada em breve no hospital.

Em declaração pública, em Los Angeles, o irmão do cantor Jermaine Jackson, disse que uma equipe de médicos do Centro Médico UCLA passou uma hora tentando ressucitar o rei do pop.

Jermaine afirma que os bombeiros encontraram Jackson com uma parada cardíaca, mas disse que ainda não se sabe o que causou isso. "A causa da sua morte só vai ser determinada após uma autópsia", disse. "Nossa família pede que a mídia respeite nossa privacidade ness momento difícil".

O corpo de bombeiros de Los Angeles disse que os paramédicos atenderam a um chamado feito no endereço do cantor às 12h21 locais.

Procurado pelo site especializado em celebridades "E! Online", o pai do astro, Joe Jackson, disse que ele teve uma parada cardíaca. "Ele não está bem", afirmou. "A mãe dele está indo para o hospital neste momento para vê-lo. Não tenho certeza do que aconteceu. Estou esperando uma resposta deles."

A tentativa de retorno

Michael, que completou 50 anos em agosto do ano passado, anunciou em maio o adiamento de alguns dos shows de uma extensa temporada que ele faria em Londres neste ano.

A noite de abertura na O2 Arena, marcada inicialmente para o dia 8 de julho, foi remarcada para o dia 13 do mesmo mês, segundo os produtores. Além disso, algumas apresentações foram transferidas para 2010.

O adiamento das datas aumentou as especulações de que o Rei do Pop estaria sofrendo de problemas de saúde.

Em declarações à CNN, Brian Oxman, advogado e amigo da família, explicou que Michael, enquanto se preparava para o show que tinha previsto fazer no próximo dia 13 em Londres, tomava remédios para tratar de lesões em uma vértebra na perna depois de uma queda no palco.

Ele disse que alertou as pessoas próximas ao cantor para as possíveis consequências da medicação, que inclusive representou um obstáculo para os ensaios.

Carreira

Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, o sétimo de nove irmãos. Cinco dos irmãos Jackson - Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael - apresentaram-se juntos pela primeira vez num programa de calouros quando Michael tinha 6 anos. Eles levaram o primeiro prêmio.

O grupo mais tarde se tornou o The Jackson Five, e, quando assinou contrato com a gravadora Motown Records, no final dos anos 1960, passou por uma metamorfose final, tornando-se The Jackson 5. Pelo mesmo selo, Michael lançou seu primeiro álbum solo em 1972, "Got to be there".
De lá até a 2001, o cantor gravou outros oito álbuns solo, incluindo "Off the wall" (1979), produzido pelo lendário Quincy Jones, e "Thriller" (1982), que ficou 37 semanas consecutivas no primeiro lugar das paradas, com cerca de 60 milhões de cópias vendidas no mundo.

"Thriller" - que ganhou uma reedição comemorativa em 2008 - é uma das principais responsáveis por imortalizar pérolas pop como “Billy Jean” e “Beat it”. Ao todo, sete canções chegaram ao topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos. O álbum deu origem ainda a um dos clipes mais cultuados desta era. Dirigido por John Landis, o vídeo da faixa-título mostra o astro pop se transformando em zumbi e traz a risada sinistra de Vincent Price, que assombrou muitos adolescentes no início dos anos 80.

Outros álbuns incluem "Bad" (1987), "Dangerous (1991) e "Invincible" (2001). No total, segundo cifras divulgadas nos Estados Unidos, Michael Jackson vendeu 750 milhões de discos.


Polêmicas

Em 1994 Jackson se casou com a filha única de Elvis Presley, Lisa Marie, mas o casamento terminou em divórcio em 1996. Nesta quinta, a filha de Elvis disse que a morte do ex-marido a deixou de 'coração partido'.

No mesmo ano Jackson se casou com Debbie Marie Rowe e eles tiveram dois filhos antes de se separarem em 1999. Eles nunca viveram juntos. Jackson teve três filhos: Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II, este último conhecido por um momento público breve em que seu pai o segurou para fora da sacada de um hotel.

Entre as muitas polêmicas e escândalos protagonizadas por Michael Jackson, a mais significativa aconteceu em 2005, quando o cantor foi a julgamento após ser acusado de pedofilia e absolvido.

Sobre sua fisionomia, que mudou significativamente desde que ficou ficou mundialmente conhecido, Michael admitiu fez duas cirurgias no nariz e uma para ficar com uma covinha no queixo, segundo a autobiografia "Moonwalk" (1988). Já sobre a mudança na cor da pele, o cantor atribuiu-a à doença conhecida como vitiligo, que causa despigmentação.


Fãs de todo o mundo fazem demonstrações de afeto pela perda do ídolo. No Japão, uma emissora de televisão prepara um especial de dois dias com os melhores momentos de Michael pelo mundo. No Brasil, pessoas que seguiam a carreira do astro prestaram homenagens em pontos conhecidos na Bahia e no Rio de Janeiro, cidades onde Jackson passou para gravar o clipe de "They don't care about us", música incluída no álbum "HIStory: Past, present and future – Book I".


Adeus Michael...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um tradutor para o Presidente?!

desculpem a demora em postar...
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O presidente da república Luis Inácio Lula da Silva possui, quando viaja ao exterior, um ótimo tradutor linguísta. Em suas conversas oficiais e suas explicações, às vezes contraditórias, está alí, para ajudá-lo, a figurinha do tradutor simultâneo - figurinha até bem conhecida nas convenções e reuniãos coletivas do Lula. Mas aqui dentro do país, onde ele não precisa de tradutor é que as coisas complicam. Quando Lula poem-se a falar, eis que solta algo difícil de se entender e que vira um bom "pano para manga" para os jornalistas de plantão.

Nesta terça-feira, no Rio, Lula disse que em vez de desonerar as empresas de impostos, prefere dar dinheiro para a população comprar.

Parece até fácil de entender, parece, pois dar dinheiro aos pobres é algo que todos já sabem que o governo faz. Vide planos como Bolsa família e Bolsa Escola. Mas o que não dá para engolir é o que ele disse sobre o setor produtivo brasileiro. Desonerar não é preferível? Desde o começo desta crise, o que o governo fez foi reduzir impostos para automóveis, máquina de lavar e geladeira, material de construção. Além disso, o governo prepara agora um pacote para redução de impostos sobre a compra de máquinas e equipamentos.

É como se as decisões presidenciais estivesses sido terceirizadas ou postas em locais bem distantes e sem comunicação uns com os outros. O presidente deve entender que estas decisões são dele, mesmo vindo de baixo - de forma hierarquica - é ele que decide. É bom que haja incentivo para alguns setores, principalmente os que geram mais emprego. Mas o caminho seria deixar mais dinheiro na mão das pessoas, sejam pobres ou classe média. E isso seria feito com a redução de impostos de uma forma geral. Tudo bem se o governo estiver fazendo-o com "passos de formiga" - o que é de praxe - mas que faça.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nelson Jobim rebate críticas sobre caso da Air France




Agência estado
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reagiu hoje às críticas de que teria se precipitado ao relacionar os primeiros objetos encontrados no mar na busca ao Airbus da Air France a destroços da aeronave que desapareceu na rota Rio-Paris no dia 1º. Um dia após o ministro ter feito a declaração, a Aeronáutica o desmentiu, apontando que as peças eram de madeira e não poderiam pertencer ao avião. Jobim negou ter errado, argumentando que se referia a uma trilha de destroços que eram do Airbus e que depois se dissiparam no mar.

"Tenho costas de crocodilo e arrogância de gaúcho", disse, ao ser questionado sobre as críticas, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. "Acho absolutamente irrelevante o que foi dito pela imprensa francesa porque, na verdade, os destroços eram do próprio avião." O ministro disse ter optado por falar sobre os destroços para aliviar a angústia das famílias das vítimas do acidente.


Air France já teve problemas com sensores de velocidade

Pelo menos dois aviões Airbus da Air France já sofreram falhas nos sensores que medem a velocidade da aeronave, os tubos de pitot, responsáveis por orientar o sistema eletrônico de navegação. Os incidentes, cuja data exata é desconhecida, ocorreram há no máximo 11 anos e foram registrados em voos para Tóquio, no Japão, e Nova York, nos Estados Unidos, em aviões A340 - similares ao aparelho que realizava o voo AF 447 entre o Rio de Janeiro e Paris. A eventual falha

Os dois incidentes foram relatados por tripulações da Air France em Air Safety Reports (ASR), o documento que registra o relatório de eventos anormais em voos comerciais. Não foi possível o acesso às datas nas quais os incidentes aconteceram. O primeiro diz respeito a um Airbus A340, de matrícula F-GLZL, posto em serviço em 1998, que fazia a rota entre Tóquio e Paris. De acordo com o ASR, o avião sofreu "perda de indicações anemométricas", causando queda brusca de altitude. No painel do piloto, um alarme com as inscrições NAV ISA Discrepancy foi acionado, indicando a divergência dos sensores de velocidade.

A falha causou a desconexão do piloto automático e panes no sistema Fly by Wire e Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) - a exemplo do que aconteceu com o voo AF447. Para contornar a falha, a tripulação ativou o sistema de descongelamento dos pitots, que até então estava em posição automática. Com a medida, os indicadores de velocidade progressivamente retomaram a coerência nas aferições, possibilitando à tripulação seguir voo até seu destino.

IESB promove demissão em massa (Lado B)




Um esclarecimento sobre o que aconteceu...
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A Direção Geral do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) esteve nesta sexta-feira (5 de junho) em reunião com cerca de 30 alunos da Instituição. A conferência contou com a presença do diretor acadêmico e coordenadores dos cursos de Jornalismo e Publicidade além de representantes e líderes do movimento estudantil. O motivo da reunião foi o impasse que alunos tiveram após grande movimentação contra o IESB por e-mails e matérias em blogues.

Após a “coletiva” deu a entender que o IESB, além de está passando por uma reforma docente em prol da instituição, está sofrendo também de desgaste comunicacional (se esta palavra existir de fato, então estará valendo). No decorrer da conversa - aberta por sinal, pois Eda Coutinho não se cansou de confiar aos alunos de comunicação, suas histórias de vida - pode-se diagnosticar que a instituição sofre de falha administrativa, competência de qualidade e falha no respeito profissional.

Segundo Eda Coutinho, Diretora Geral, O motivo da demissão é de cunho legal. “Ou o IESB demitia esses professores porque eles não têm especialização ou o IESB não vai ser recredenciado como faculdade” explica. Em defesa contra os estudantes revoltosos, a Direção disse que a falta de certificados de pós-graduação e mestrado dos professores levou à demissão.

“O diploma de vocês é que está em jogo. Então o que vamos fazer? Nós vamos ser irresponsáveis como nós temos sido até agora? Na verdade nós temos sido. Porque acho que se tivéssemos sido mais criteriosos a pelo menos um ano. Quando eu falo em ‘nós’ não estou falando a professora Eda não. Estou falando dos coordenadores, professores e diretores. Nós devíamos de falar para os professores ‘vocês têm seis meses para fazer o curso, não fez? Nós vamos lhe tirar’. nunca tivemos coragem de fazer isso.”, comenta.

A Lei

De acordo com a legislação, a habilitação para o exercício do magistério superior deve ser obtida em programas de Mestrado ou Doutorado. Mas, havendo escassez de pessoal qualificado é admitida a docência, sem o título stricto sensu (artigo 52, inciso II, da LDB). Todavia, as instituições tendem a contratar mais Mestres e Doutores, porque a qualificação do corpo docente é fator importante na avaliação institucional, quando do credenciamento, ou renovação, além de que, até para lecionar na educação básica, é exigida licenciatura plena. O que ocorreu com o IESB.

A Direção, em defesa, aponta que sempre esteve presente nas reuniões semestrais com coordenadores e professores e garantindo que sempre se prostraram à discutir sobre a legitimação do diploma. “Desde que contratamos os professores, pois, há professores que foram contratados há nove anos. Há nove anos estão aqui no IESB. Eles não fizeram o curso. Nós não podíamos chegar no professor e forçá-lo a fazer o curso de pós-graduação. Isso pode provocar um processo por danos morais”, conclui Eda.

Nas reuniões feitas com professores, direção e coordenadores pautando as importâncias do semestre e bimestres, não se falava sobre o assunto de validação de certificados. “Não me ocorre dela ter citado algo do tipo em reuniões, nada sobre cursos ou sobre os certificados. Normalmente debatíamos sobre assuntos mais pontuais”, lembra Fernando Antônio de Alvarenga Grossi, “anistiado” do IESB.

Segundo entrevista com outros professores da instituição, nenhuma cobrança foi feita da parte da direção sobre os certificados. “Não foi cobrado de nenhum professor, em nenhum momento que fizessem curso de especialização ou que fosse necessário validar certificados” desmentem.

Mas o problema não é, somente, a falta de comunicação do IESB., mas também atos passados de alunos. Segundo a direção do IESB, um dos motivos pelo qual o Ministério da Educação (MEC) tenha estabelecido uma avaliação institucional foi porque o IESB recebeu uma pontuação baixa na avaliação discente de desempenho. O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) avaliou o IESB e deu a pontuação 2, em uma escala de até 5 pontos.

Apesar do motivo maior desta nota baixa ser por causa dos alunos que, em 2005, promoveram um boicote (à curtas penas, sem nenhum ideal), o IESB garante que a nota cambaleante foi por causa da pontuação correspondente a avaliação do corpo docente (avaliada no mesmo programa).

Avaliação de Cursos

Ricardo Carioni, diretor adjunto do IESB, afirma que as notas ruins no Enade pioraram a nota final do Índice Geral de Cursos (IGC). “Nossos alunos tiveram uma performance insuficiente no Enade, e no índice de Desenvolvimento Discente também não foi satisfatório. Esses dados, somados com a avaliação de número de doutores na instituição diminuem a nota”, comenta.

De acordo com o Inep, o IGC de cada instituição inclui a qualidade de todos os seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, distribuídos na totalidade de campi e municípios onde a instituição atua. Para chegar na nota, o cálculo levou em consideração a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação e à nota do aluno no Enade – e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação.

A média dos conceitos dos cursos é ponderada pela distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).Para estabelecer a nota do IGC, foram utilizados os CPCs referentes às edições do Enade no período de 2005 a 2007. Posto a isso, a Secretaria de Educação Superior (SESU) diz que o IGC não considera como pontuação maior a formação pós superior do corpo docente. “É um item que tem valor significativo para a avaliação final, mas na pontuação final, que vai de um a cinco pontos, este item corresponde a 0,75 ponto do total”, afirmam.

Diante disso, é fato que o IESB possui uma falta de procedência administrativa. Mesmo sendo válido o motivo das demissões, uma vez que, por lei, o IESB pode sim demitir os professores, porque então, o IESB não se comprometeu a criar um sistema mais rigoroso de seleção e contratação. Para alguns professores, a direção diz que as aulas práticas devem possuir professores de grande competência e vivência na área.

Um dos anistiados do corpo docente da instituição é a professora Fernanda Muylaert. Possui graduação em Jornalismo pelo IESB, em 2005. Foi durante dois anos apresentadora do Jornal Band News FM Salvador segunda edição, do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Trabalhou também como editora, redatora e colunista de moda do noticiário local. Além disso, prestou serviços para empresas como a Radiobrás e a TV Senado e para o Ibama, exercendo as mais variadas funções. Sob toda esta capacidade, o IESB à demitiu.

Não seria mais viável que, antes de contratar um profissional tão preparado e disposto a lecionar, pois, não é qualquer jornalista que está disposto a isso, dever-se-ia observar se tem ou não o índice de magistério. Como diz no Decreto número 5773, no projeto pedagógico da instituição que quer ter o credenciamento ou o recredenciamento da Instituição de Ensino Superior, deve conter o perfil do docente, indicando requisitos de titulação, experiência no magistério superior e profissional não-acadêmico e o mais importante, os critérios de seleção e contratação.

Como o IESB sabia que deveria se recadastrar, de acordo com a Lei, devia então ter sido mais criteriosa em contratar professores. Há cinco anos o IESB sabia disso, mas alega que este ano as “leis mudaram”. Não mudaram nada, pois, só ficaram mais rigorosas. Mas, como o próprio IESB disse, na reunião, “não estamos zelando pela qualidade”.

Resta entender porque o IESB realmente não incentivou os professores, como qualquer Instituição privada. Porque a instituição não foi mais rigorosa ou não deu o suposto curso de pós-graduação em magistério antes da contratação. Em muitas instituições no país as empresas criam cursos de capacitação. Infelizmente o IESB deixou escapar, sem pernear, essa atitude.

Os alunos do IESB não querem destruir ou manchar a imagem da Instituição, mas querem que esta imagem seja a mais limpa e transparente possível. Que a comunicação interna comece a ser plausível e que a direção comece a tratar os alunos e os professores como parte da instituição, e não como mercadorias avulsas e baratas.